Moraes destitui advogados de Filipe Martins e Marcelo Câmara
Ministro do STF apontou "litigância de má-fé" e determinou a substituição da defesa por membros da Defensoria Pública
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira, 9, a destituição dos advogados dos réus Marcelo Costa Câmara e Filipe Garcia Martins Pereira, no processo que apura supostos crimes cometidos por ex-integrantes da cúpula da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Secretaria de Comunicação do governo Bolsonaro.
A medida foi tomada após a defesa dos dois acusados deixarem de apresentar as alegações finais no prazo legal, após serem intimados.
Moraes classificou a conduta como “absolutamente inusitada”, apontando litigância de má-fé e tentativa de procrastinação do processo, sem justificativa plausível.
“Configura-se abuso do direito de defesa, com clara manobra procrastinatória”, diz trecho da decisão.
Os advogados alegaram que esperavam o cumprimento de uma diligência junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que teria prejudicado a elaboração da peça de defesa.
Na decisão, Moraes também citou precedentes do STF e do STJ para justificar a substituição dos defensores pela Defensoria Pública.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) já havia apresentado suas alegações finais em 22 de setembro.
Com a decisão, a ação penal segue para a fase final, com expectativa de julgamento nos próximos meses.
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Comentários (1)
Mariade
10.10.2025 00:09A OAB já fez pronunciamento contundente reprovando tal atitude?