Ministra de Lula articulou acordo sobre Glauber Braga?
Deputado do Psol encerrou na quinta-feira, 17, sua greve de fome

Com risco de perder o mandato por chutar um militante do MBL nas dependências da Câmara, o deputado Glauber Braga (Psol-RJ, foto) encerrou na quinta-feira, 17, sua greve de fome após os parlamentares Lindbergh Farias (RJ), líder do PT na Câmara, e Sâmia Bomfim (Psol-SP), esposa de Glauber, chegarem a um acordo com o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB).
O acordo, como indicou Motta, envolveu a promessa de que o processo de cassação não será submetido ao Plenário da Câmara antes de 60 dias.
“Em diálogo com a deputada Sâmia Bomfim (PSOL/SP) e o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), avançamos para o fim da greve de fome do deputado Glauber Braga (PSOL/RJ).
Garanto que, após a deliberação da CCJ, qualquer que seja ela, não submeteremos o caso do deputado ao Plenário da Câmara antes de 60 dias para que ele possa exercer a defesa do seu mandato parlamentar.
Após este período, as deputadas e os deputados poderão soberanamente decidir sobre o processo”, escreveu Motta no X.
A intervenção de Gleisi
Segundo a Folha de S.Paulo, a ministra das Relações Institucionais do governo Lula, Gleisi Hoffmann, telefonou para Hugo Motta com o objetivo de fechar um acordo.
“Isso seria feito, porém, de forma mais discreta possível, para não criar melindres na já instável base política de Lula no Congresso”, diz o jornal.
Majoritário na Câmara, o Centrão trabalhou ativamente para cassar o mandato de Glauber.
Como ministra das Relações Institucionais, Gleisi é responsável pela articulação política do governo no Congresso.
Leia também: O que o governo Lula viu em Glauber Braga
Conselho de Ética aprova cassação de Glauber Braga
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou em 9 de abril, por 13 votos a 5, o parecer de Paulo Magalhães (PSD-BA) favorável à cassação do mandato do deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ).
Na análise de representação do Novo contra o congressista, o relator votou pela aplicação da pena de perda do mandato, por quebra do decoro parlamentar, devido ao fato de Glauber ter agredido fisicamente um militante do Movimento Brasil Livre (MBL) em 16 de abril de 2024.
Quem decide se Glauber vai perder ou não o mandato é o plenário da Câmara.
Pelo menos 257 deputados precisam votar a favor do parecer de Paulo Magalhães para que a cassação do mandato de fato ocorra.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (3)
Fabio B
18.04.2025 13:19O Bolsonarismo é tão patético, que devem entregar para nem receber depois.
Marcia Elizabeth Brunetti
18.04.2025 11:05Belo exemplo que Glauber Braga dá aos parlamentares. Fez "cag..." ficar uns 3 ou 4 dias tomando isotônico, e é liberado das acusações.
Denise Pereira da Silva
18.04.2025 10:27Sempre este cheiro de pizza no ar nesse país do escambo. Vergonha.