Marcelo Odebrecht deturpou o valor social do trabalho
O MPF, nas alegações finas contra Marcelo Odebrecht, os seus comandados e Renato Duque, chama a atenção para a conduta social inaceitável dos acusados, que produziu males sociais, como deturpar o valor social do trabalho, por meio de um dos maiores esquemas de corrupção já revelados no país:"A conduta social traduz-se como o comportamento do agente no seio social, familiar, e profissional, revelando-se pelo relacionamento do indivíduo no meio em que vive, perante a comunidade, a família e os colegas de trabalho...
O MPF, nas alegações finas contra Marcelo Odebrecht, os seus comandados e Renato Duque, chama a atenção para a conduta social inaceitável dos acusados, que produziu males sociais, como deturpar o valor social do trabalho, por meio de um dos maiores esquemas de corrupção já revelados no país:
“A conduta social traduz-se como o comportamento do agente no seio social, familiar, e profissional, revelando-se pelo relacionamento do indivíduo no meio em que vive, perante a comunidade, a família e os colegas de trabalho.
Conforme se provou, todos eles tomaram parte de um dos maiores esquemas de corrupção já revelados no país, com consequências desastrosas para o ambiente econômico, social e democrático.
Em função da dificuldade de condenar indivíduos envolvidos nos chamados ‘crimes de colarinho branco’, consolidou-se uma cultura perversa, em que a relação promíscua entre os agentes públicos e os privados obriga os cofres públicos e a população a arcar com as mais diversas formas de enriquecimento ilícito de empreiteiras, operadores financeiros e funcionários públicos corruptos.
De fato, somente pessoas que galgaram relevantes posições sociais, profissionais e políticas poderiam ter acesso a dirigentes de Estatais, parlamentares e gestores de grandes grupos empresariais. Nessa relação empresarial inevitável, ao invés de se pautarem por uma conduta voltada ao desenvolvimento lícito das atividades, os denunciados decidiram adotar uma conduta social em que mutuamente e de forma criminosa se associavam para maximizar lucros, em detrimento de toda a soci- edade. O que se revelou no curso desta ação foram relações espúrias desenvolvidas ao longo de muito tempo.
O sujeito que se vale de relevante posição social e/ou profissional para cometer delitos, com motivações torpes e egoísticas, deve ter sua conduta social valorada negativamente. Deve-se preservar o valor social do trabalho, reafirmando a noção de que o sucesso profissional é possível por meios lícitos.”
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