Mais de 120 pessoas acompanharam Lula em viagem à Rússia e à China
Somente a Secom enviou 27 funcionários, enquanto a Casa Civil deslocou outros 19

As viagens do presidente Lula (PT) à Rússia e à China mobilizaram ao menos 120 integrantes da comitiva presidencial, incluindo ministros, os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e do Banco Central, Gabriel Galípolo, além de dezenas de assessores e técnicos.
Somente a Secretaria de Comunicação (Secom) enviou 27 funcionários, enquanto a Casa Civil deslocou outros 19. A informação foi levantada pela Folha de S.Paulo com base em portais da transparência e no Diário Oficial da União.
Nesta quinta-feira, 15, foram divulgados os nomes de 26 integrantes da comitiva em Pequim, entre eles 11 ministros, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, o vice-presidente da Câmara, Elmar Nascimento (União-BA), e a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros.
A agenda internacional começou em 6 de maio, com a participação de Lula em uma cerimônia em Moscou pelos 80 anos da vitória russa na Segunda Guerra Mundial. O evento funcionou como demonstração de força militar do ditador russo Vladimir Putin e causou desgaste ao governo brasileiro.
Em 11 de maio, Lula chegou a Pequim, onde se reuniu com o líder chinês Xi Jinping. A viagem à China também ganhou repercussão após o vazamento de uma conversa da primeira-dama, Janja, sobre os efeitos negativos do TikTok, aplicativo chinês.
Leia mais: “Lula defende Janja após constrangimento por TikTok na China”
Sigilo sobre as viagens
Até o momento, os gastos oficiais da viagem ainda não foram consolidados. Dados parciais do portal Siga Brasil indicam o pagamento de R$ 122 mil em diárias para oito servidores.
Parte das autorizações de viagem foi publicada sem a identificação dos participantes, e o Planalto alega sigilo em relação a nomes das equipes de segurança e saúde.
A Secom informou que os nomes dos integrantes das comitivas técnica e de apoio são mantidos sob sigilo por até cinco anos, por razões de segurança. Segundo a pasta, os gastos com hospedagens e diárias serão pagos pelo Itamaraty, enquanto a Presidência arcará com despesas residuais, como taxas aeroportuárias e passagens.
Críticas de Janja
De acordo com o blog da jornalista Andréia Sadi, no G1, Janja teria pedido a palavra para falar dos efeitos nocivos da rede social TikTok.
Para Janja, o algoritmo favorece o avanço da extrema-direita.
O constrangimento se deu por vários motivos.
Primeiro, ao reclamar de uma empresa privada diretamente ao ditador chinês, Janja insinua que há uma ligação entre o Tik Tok e o Partido Comunista da China.
Foi justamente a suspeita de que a empresa é obrigada a compartilhar informações com o governo comunista que suscitou uma ação no Congresso americano para bloquear a rede social nos Estados Unidos.
Em abril, o presidente Donald Trump deu um prazo de 75 dias para o TikTok se adequar a uma lei recém-aprovada, que obriga o TikTok a vender sua operação no país.
Segundo Andréia Sadi, o ditador chinês teria se saído pela tangente, dizendo que “o Brasil tem legitimidade para regular e até banir, se quiser, a plataforma“.Além disso, Janja não se deu conta de que estava reclamando do “avanço da extrema-direita” para um ditador comunista, de esquerda.
Leia também: O custo da comitiva de Lula e Janja ao Japão
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Comentários (3)
Marian
16.05.2025 14:09Quanto o país ganhou com essa despesa? Não ganhou?
Annie
16.05.2025 10:43Fácil com dinheiro 💸 público.
Alexandre Ataliba Do Couto Resende
16.05.2025 10:16Haja impostos!!!!