Maçarico em cesto iniciou incêndio em balão, diz piloto
Acidente em Praia Grande, Santa Catarina, deixou oito mortos e ao menos dois feridos hospitalizados

A Polícia Civil de Santa Catarina informou neste sábado, 21, que o incêndio que provocou a queda de um balão com 21 pessoas em Praia Grande teria começado em um maçarico que estava dentro do cesto da aeronave. O acidente deixou oito mortos e ao menos dois feridos hospitalizados.
Segundo o delegado Tiago Luiz Lemos, responsável pela investigação, o relato foi feito pelo próprio piloto, que sobreviveu.
“Esse maçarico estava dentro do cesto. Ele [piloto] não soube precisar se ficou aceso ou se teve uma chama espontânea, mas foi desse equipamento que começou o fogo”, afirmou.
Ainda de acordo com o piloto, quando o fogo começou, o balão já estava em fase de descida. Próximo ao solo, ele orientou os passageiros a pularem. Treze conseguiram sair, mas o balão voltou a subir rapidamente. As chamas destruíram a estrutura, que despencou com os passageiros restantes a bordo. Quatro morreram carbonizados, outros quatro se jogaram e não resistiram aos ferimentos.
O acidente ocorreu por volta das 7h da manhã, em uma área de vegetação próxima a um posto de saúde, a cerca de 9 quilômetros do centro da cidade. A região é conhecida como a “Capadócia Brasileira” por atrair turistas interessados em voos de balão sobre os cânions.
Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram o balão em chamas e passageiros caindo durante a queda.
A empresa responsável pelo passeio, Sobrevoar, afirmou que cumpre todas as normas da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e que suspendeu suas atividades por tempo indeterminado.
“Mesmo com todas as precauções e o esforço do nosso piloto, que tem ampla experiência, não foi possível evitar a tragédia”, disse em nota.
Cinco feridos foram encaminhados ao Hospital Nossa Senhora de Fátima. Três seguem internados com ferimentos leves e em estado estável. Os demais receberam alta.
A Anac informou que está apurando a situação da aeronave e da tripulação.
O Ministério Público de Santa Catarina também acompanha o caso.
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