Lula recorre ao populismo por aprovação de medida fiscal alternativa ao IOF
Presidente reúne líderes e ministros no Palácio do Planalto e adverte parlamentares sobre consequências de voto contrário
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aumentou a pressão sobre o Congresso Nacional nesta quarta-feira, 8, para assegurar a aprovação de uma Medida Provisória que funciona como alternativa fiscal ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A validade da MP se encerra hoje.
Para o governo, a medida é essencial para equilibrar o orçamento do próximo ano e avançar na cobrança de tributos junto a setores de alta renda. Lula declarou que qualquer voto contrário ao texto significará um posicionamento “contra os interesses do povo brasileiro”.
O petista criticou os parlamentares que buscam vincular o tema às disputas eleitorais de 2026. Qualificou essa associação como um sinal de “pobreza de espírito extraordinária”. A pauta fiscal, segundo o governo, busca garantir recursos necessários para programas sociais importantes.
Reunião às pressas para articular aprovação
A iminente perda de validade da MP fez o presidente interromper sua agenda e retornar ao Palácio do Planalto no final da manhã desta quarta-feira, vindo de Luziânia (GO).
O primeiro passo foi convocar um encontro de emergência em seu gabinete, com os principais ministros e líderes governistas para tratar da estratégia de aprovação.
Estiveram presentes o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o Ministro da Casa Civil, Rui Costa, e a Ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.
A cúpula de líderes no Congresso também participou: Jaques Wagner (PT-BA) pelo Senado, José Guimarães (PT-CE) pela Câmara, e Randolfe Rodrigues (PT-AP).
A reunião durou uma hora e teve como foco a avaliação do cenário político e os passos subsequentes para tentar obter a aprovação do texto.
O diagnóstico apresentado a Lula indicou que há grandes chances de a medida não ser aprovada. Apesar das dificuldades, o governo mantém o texto e não cogita retirá-lo de tramitação.
Gleisi ataca os “super ricos” e Lula pede “maturidade”
A ministra Gleisi Hoffmann afirmou que a MP tem o objetivo de cobrar “imposto dos super ricos e garantir recursos de programas sociais importantes para a maioria da população no orçamento do ano que vem”, e disse, sem especificar nomes, que há “setores trabalhando contra a aprovação, calculando que teriam benefícios eleitorais com uma derrota do governo”.
Lula, por sua vez, garantiu que não há nada eleitoreiro na medida: “Espero que Congresso dê uma demonstração de maturidade… É uma bobagem colocar isso como uma questão eleitoral”, disse o presidente.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (2)
Angelo Sanchez
08.10.2025 19:02A votação que jogou no lixo a medida provisória que colocaria um freio nos empresários da construção civil e do agronegócio mostrou que o Brasil está no caminho certo, a maioria dos Deputados sabem que o "descondenado" é uma piada e um facista de circo, e não pode deixar ele fazer estas atrocidades de penalizar investidores e empresários.
Ademir Fenicio
08.10.2025 18:13prissiza aumentá a recadassão pá ajudá us póbri du inss