Lula defende farsa de Putin para encerrar guerra na Ucrânia
A “solução” apresentada pelo petista foi imposta em 2022, quando a Rússia fez referendos de anexação para quatro regiões ucranianas
O presidente Lula (foto) voltou a comentar nesta sexta-feira 1º a guerra na Ucrânia e propôs um referendo para definir os rumos do conflito iniciado pelo ditador russo Vladimir Putin.
A “solução” apresentada pelo petista foi imposta por Putin em 2022, quando a Rússia fez referendos de anexação para as regiões de Donetsk, Luhansk, Zaporizhzhia e Kherson. A medida foi considerada uma farsa por lideranças ocidentais.
Em entrevista à TV francesa TF1, Lula repetiu o argumento de que “falta conversa” entre os dois lados e cobrou que a comunidade internacional se posicione para mediar um debate.
Disse ainda que a reunião do G20, que ocorre neste mês no Rio de Janeiro, não deve colocar em pauta a guerra.
“Nós temos dois pequenos problemas. Nós não convidamos o Zelensky para participar, e o Putin não vai participar. Nós não achamos que esse fórum do G20 será espaço para discutir a guerra entre os dois países. Achamos que esse fórum é para discutir os temas abordados no último G20”, afirmou Lula.
Sobre o referendo, ele afirmou:
“Eu fico imaginando que falta conversa entre as pessoas. Eu fico pensando: a Rússia diz que o território que eles estão ocupando é russo. A Ucrânia diz que é deles. Por que ao invés disso, não se faz um referendo para saber com quem o povo quer ficar?”, questionou o presidente.
“Seria muito mais simples, muito mais democrático muito mais justo deixar o povo decidir. Consultar o povo pra saber com quem eles querem ficar.”
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Zelensky tira a máscara de Lula
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, já escancarou a desfaçatez de Lula.
Em declaração recente ao Metrópoles, Zelensky denunciou a astúcia do governo brasileiro ao se mancomunar com a Rússia e a China para uma “proposta de paz”:
“É apenas uma declaração política. Eu disse a Lula e ao lado chinês: ´vamos sentar juntos, vamos conversar´. […] Por que você de repente decidiu que deveria ficar do lado da Rússia? ´Ah, nós vamos fazer nossa proposta (de paz)´. Não nos perguntaram nada. E a Rússia aparece e diz que apoia a proposta do Brasil e China. Nós não somos tolos. Para que serve esse teatro?
Ou seja, falaram com a Rússia sobre uma iniciativa, apresentaram essa iniciativa e disseram: ´essa é nossa proposta´. Bem, definitivamente não se trata de justiça, não se trata de valores. É uma falta de respeito com a Ucrânia. Não somos tolos.”
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