O lobo-marinho que apareceu na Praia de Ipanema, no Rio de Janeiro, completou mais de 24 horas descansando nas areias nesta quinta-feira, 19. O animal, um macho jovem vindo da Antártida, foi batizado de Joaquim pelos biólogos, mas já é chamado de Joca pelos frequentadores da praia.

Biólogos que monitoram o mamífero explicaram que ele não apresenta lesões, e que sua permanência prolongada no local é atribuída ao cansaço. A presença de lobos-marinhos no litoral fluminense nesta época do ano é considerada incomum, o que despertou a curiosidade e a preocupação de moradores e turistas.

Área isolada e apelo por distanciamento

Desde o primeiro avistamento, a área ao redor do animal foi isolada para evitar que curiosos se aproximem. Os especialistas reforçam que não é seguro tentar tocá-lo ou alimentá-lo. “É fundamental que a população respeite o espaço do lobo-marinho. Ele precisa de descanso e monitoramento adequado”, afirmou Izar Aximof, biólogo responsável pela análise do caso.

O comportamento do animal reflete a influência das correntes marítimas que, eventualmente, trazem exemplares da Antártida para mais perto das costas brasileiras. Situações semelhantes já foram registradas no Arpoador, região próxima a Ipanema, mas são raras no mês de dezembro.

Equipes de órgãos ambientais e ONGs de proteção animal estão mobilizadas para garantir a segurança do lobo-marinho e decidir os próximos passos.

A previsão é que ele retorne ao mar por conta própria após recuperar suas forças.