Justiça condena 8 integrantes do PCC por crimes contra Moro
A sentença diz que a facção criminosa queria retaliar Sergio Moro pelas ações adotadas contra o crime organizado como ministro da Justiça

A Justiça Federal condenou oito integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) por crimes de organização criminosa e de tentativa de extorsão mediante sequestro contra o senador Sergio Moro (União Brasil-PR).
As maiores penas chegam a quatorze anos e nove meses de prisão.
Segundo a sentença, o PCC queria retaliar Moro pelas ações adotadas contra o crime organizado durante sua gestão à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
“Conforme apurado na presente investigação, os motivos do crime estão relacionados às medidas adotadas por Sergio Moro enquanto ministro da Justiça, mais precisamente a transferência de lideranças da facção criminosa Primeiro Comando da Capital para presídios federais de segurança máxima, bem como a proibição de visitas íntimas nesses presídios, para evitar a transmissão de ordens de hierarquia. Além de concretizar vingança, os criminosos objetivavam obter vantagens materiais com a prática de sequestro, desde a revogação dessas medidas adotadas pelo ex-ministro até a difusão de sensação de pânico generalizado na população civil e em autoridades públicas, diante do ataque direto àqueles que se dedicaram ao enfrentamento do crime organizado.”
Foram condenados: Claudinei Gomes Carias, Franklin da Silva Correa, Herick da Silva Soares, Aline Arndt Ferri, Cintia Aparecida Pinheiro Melesqui, Aline de Lima Paixão, Oscalina Lima Graciote e Hemilly Adriane Mathias Abrantes.
Outros três acusados foram absolvidos.
Dois dos criminosos inicialmente acusados foram assassinados pelo próprio PCC na prisão.
Moro quer saber quem foi o mandante
No X, Moro cobrou a continuidade das investigações para descobrir o mandante.
“Agradeço ao MPE/SP, à PF, à polícia de SP e do PR, ao MPF e à JF pelo trabalho realizado. Falta descobrir o mandante do crime e a investigação da PF precisa continuar com este objetivo. Solicitarei providências nesse sentido ao Ministro da Justiça. Não nos curvaremos a criminosos. Continuarei, no Senado, defendendo lei, ordem e penas severas contra o crime organizado.”
O plano do PCC
Em março de 2023, o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que investiga o PCC desde o início dos anos 2000, avisou à cúpula da Polícia Federal (PF), em Brasília, sobre um plano para realizar assassinatos de servidores públicos e autoridades.
Moro seria um dos nomes apontados pela investigação como alvos da facção criminosa. De acordo com os investigadores, o PCC pretendia se vingar das ações de Moro, enquanto ministro da Justiça do ex-presidente Jair Bolsonaro, de transferir líderes da facção criminosa para presídios federais.
Segundo a PF, o PCC tinha olheiros para monitorar a rotina do senador, da esposa e deputada federal Rosângela Moro (União Brasil) e de familiares.
A investigação apontou para o envolvimento de dez criminosos no monitoramento, que envolvia o acompanhamento de Moro em viagens.
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Comentários (3)
ALDO FERREIRA DE MORAES ARAUJO
23.01.2025 18:03Duvido que algum membro de governo petista passe por tal situação, ser ameaçado de morte pelo crime organizado.
Ita
23.01.2025 11:51Vai depender de quem for sorteado ou será indicado????
saul simoes junior
23.01.2025 10:42Chegando no STF será anulado por suspeição do juiz.