João Rodarte, vê se me esquece
Em meio ao que realmente interessa, eu, Mario, sou obrigado a tratar de um assunto desinteressante. Fui informado de que, em dezembro, a revista Piauí publicou uma reportagem sobre assessorias de imprensa, assinada por Luiz Maklouf Carvalho, biógrafo oficial de João Santana. A reportagem, que tenta me ridicularizar, aborda a minha passagem de duas semanas, no início de 2012, pela CDN, de João Rodarte. Luiz Maklouf Carvalho quis me ouvir antes da publicação, mas recusei porque sabia tratar-se de uma armadilha e também por um motivo que explicarei adiante...
Em meio ao que realmente interessa, eu, Mario, sou obrigado a tratar de um assunto desinteressante.
Fui informado de que, em dezembro, a revista Piauí publicou uma reportagem sobre assessorias de imprensa, assinada por Luiz Maklouf Carvalho, biógrafo oficial de João Santana. A reportagem, que tenta me ridicularizar, aborda a minha passagem de duas semanas, no início de 2012, pela CDN, de João Rodarte. Luiz Maklouf Carvalho quis me ouvir antes da publicação, mas recusei a conversa porque sabia tratar-se de uma armadilha e também por um motivo que explicarei adiante.
Como se fosse um blogueiro sujo, Luiz Maklouf Carvalho diz que fui “defenestrado da Veja” na ocasião. Mentira. Tanto que, depois da minha passagem relâmpago pela CDN, fui imediatamente convidado a voltar para a Veja por Roberto Civita, como correspondente na Europa. “A situação política está muito ameaçadora para você. Você vai e depois volta para a redação. Você é muito importante para a revista”, disse Roberto para mim. Fui para Paris, cidade que escolhi.
Deixei a Veja no início de 2012, porque havia recebido uma ótima proposta de João Rodarte, depois de termos negociado nossas bases durante seis meses. Para tentar explicar as minhas duas semanas na CDN, João Rodarte e o seu preposto Andrew Greenless afirmaram ao repórter que fui incompetente, arrogante, teatral e uma série de outras delicadezas. Também tentaram implicar-me com a Odebrecht, cliente da CDN.
João Rodarte sabe que é lorota. João Rodarte sabe que a razão dada por ele foi outra (e, se não foi, o dono da CDN é um mentiroso). Aliás, bastaria o biógrafo oficial do Feira ter consultado o Google para ter uma ideia.
Não vou contar por que saí depois de apenas duas semanas na CDN. Assinei um acordo de confidencialidade. Pelos termos do acordo, eu não posso dizer a verdade sobre João Rodarte e João Rodarte e a CDN não poderiam dizer mentiras ao meu respeito, como vêm fazendo desde então (pelo jeito, eles ainda procuram dar explicações ao mercado). Fui indenizado financeiramente — recebi uma quantia bem maior do que a publicada na Piauí — e virei a página.
Ao contrário de João Rodarte, sou um cavalheiro e continuarei a respeitar o acordo, embora pudesse, com a publicação da reportagem mentirosa na Piauí, relatar tudo o que vi e ouvi dentro da CDN. Tenho por norma cumprir o que assinei e não me interessa reviver episódios insignificantes. Se eu fui “o erro mais grave” que João Rodarte cometeu, ele foi apenas um tropeção na minha vida profissional.
Ainda bem que voltei ao jornalismo. Ainda bem que fiz O Antagonista, ao lado do Diogo Mainardi. Ainda bem que continuei a ser um homem livre.
João Rodarte, vê se me esquece.
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