Haddad critica “vazamento” sobre isenção do Imposto de Renda
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (foto), criticou o que chamou de “vazamento” da proposta sobre a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até 5 mil reais. Ele afirmou que a antecipação foi responsável pela reação negativa do mercado financeiro ao pacote de corte de gastos. “Eu lamentei o vazamento, porque as pessoas,...
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (foto), criticou o que chamou de “vazamento” da proposta sobre a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até 5 mil reais. Ele afirmou que a antecipação foi responsável pela reação negativa do mercado financeiro ao pacote de corte de gastos.
“Eu lamentei o vazamento, porque as pessoas, eu não sei de onde vazou, mas é muito desagradável quando você não percebe o nível de responsabilidade do agente público no patamar exigido pelo seu mandato, pelo seu exercício da sua função”, disse na sexta-feira, 29, em entrevista à TV Record.
“O que me contrariou, se você quiser chamar isso de derrota, pode chamar, é o fato de não ter sido explicado da maneira correta. Você permitiu uma leitura muito equivocada do que estava sendo proposto”, acrescentou.
A marca simbólica de 6 reais foi cruzada pelo dólar pela primeira vez na história na quinta-feira, 28, após a equipe econômica do governo Lula detalhar seu plano para contenção de gastos.
Na sexta-feira, o dólar comercial fechou a R$ 6,005. Esse foi o terceiro recorde consecutivo de fechamento da moeda. Em três dias, o dólar subiu R$ 0,09 desde a quarta-feira, 27, quando fechou em R$ 5,91
A disparada é resultado da dificuldade do governo Lula, cuja economia é comandada pelo ministro da Fazenda, de convencer com suas promessas de responsabilidade fiscal.
Contenção ou isenção?
Ao mesmo tempo em que prometeu uma economia de 327 bilhões de reais até 2030, a equipe econômica acenou à base petista com a promessa de ampliar a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até 5 mil reais. O argumento de que essa proposta foi feita por Lula durante a campanha de 2022 também não emocionou ninguém.
As reclamações do ministros em relação ao mercado durante a entrevista coletiva para detalhar o pacote só escancararam o desconforto de um governo que não consegue convencer com um pacote considerado insuficiente.
O governo poluiu o anúncio de cortes, considerado insuficiente, com um anúncio de isenção fiscal.
O aceno à base petista colocou a equipe econômica contra as cordas, e a entrevista coletiva com Haddad e os ministros Simone Tebet, Alexandre Padilha, Esther Dweck, Paulo Pimenta e Rui Costa foi concedida toda na defensiva.
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