Governo prepara anúncio de medidas para conter queimadas
Comunicado deve ser feito após deliberação com os chefes dos Três Poderes
O governo Lula deve anunciar, nesta terça-feira,17, uma série de medidas para controle das queimadas que não param de crescer por todo o Brasil. Também nesta terça-feira, o Planalto deve receber chefes dos Três Poderes para debater o controle da crise climática, às 16h30.
A reunião terá a participação do presidente do STF, Luís Roberto Barroso, do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado,Rodrigo Pacheco(PSD-MG). Um alerta do presidente Lula sobre a situação climática do país também deve ser feito em cadeia nacional.
Em meio aos indicadores alarmantes sobre as queimadas, o presidente Lula autorizou viagem da ministra do Meio Ambiente Marina Silva para debater o assunto ‘clima’ em participação na Cúpula do Futuro, durante a 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas, entre os dias 21 e 27.
No Congresso Nacional, a ministra deverá se explicar para a Comissão do Meio Ambiente da Câmara dos Deputados sobre o aumento das queimadas. O requerimento de convite foi aprovado e uma data está sendo negociada com a ministra após as eleições.
Queimadas ‘do amor’
O Brasil atravessa uma crise climática alarmante nos últimos meses, com incêndios florestais avançando sobre diversas regiões do país. A destruição causada pelas chamas já afetou reservas naturais, parques e áreas de preservação ambiental, comprometendo a vegetação nativa e pondo em risco a biodiversidade. Os estados mais atingidos incluem Mato Grosso, Pará e Rondônia, que estão no centro dessa devastação.
Na Amazônia, a situação é ainda mais grave: além dos incêndios, a seca prolongada está causando o esvaziamento de rios essenciais para o abastecimento de água de várias cidades. O Rio Negro, um dos mais importantes da região, já apresenta níveis críticos, o que ameaça não só a vida local, mas também o transporte de mercadorias e o sustento das populações ribeirinhas.
Especialistas alertam para as consequências a longo prazo dessa crise, que pode agravar a desertificação em algumas áreas e comprometer ainda mais o combate ao desmatamento ilegal. Com o avanço das queimadas, aumentam também os problemas de saúde pública, como doenças respiratórias, que afetam milhares de pessoas nas áreas atingidas pela fumaça tóxica.
A crise expõe a fragilidade das políticas ambientais no Brasil e levanta questões urgentes sobre a necessidade de reforçar ações de preservação e combate ao desmatamento. O cenário de destruição aponta para desafios cada vez maiores em relação à proteção dos biomas nacionais e à sustentabilidade das populações que dependem diretamente desses ecossistemas.
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Comentários (2)
Marian
17.09.2024 17:41184 mil focos em 2024. Só agora?
Ita
17.09.2024 15:40Vamos fazer reuniões, criar comissões, criar mais alguma estatal (Ministério da Chuva) enquanto isso S. Pedro vai enchendo a caixa d´água para poder apagar a fogueira no Brasil afora.