O ex-deputado e ex-candidato a presidente Eduardo Jorge (PV; foto), da esquerda democrática que rejeita a ditadura de Nicolás Maduro, voltou a criticar o posicionamento do governo Lula em relação ao ditador venezuelano.

No X, Eduardo Jorge afirmou neste sábado, 10 de agosto:

“O sequestrador Maduro anuncia que Maria Corina e Edmundo Gonzalez são ‘terroristas’ que devem ser cassados e presos. Deve ser esta a ‘negociação’ que o sr [Celso] Amorim está esperando sentado em Brasília.”

Em resposta a uma publicação em que a líder oposicionista María Corina Machado denunciou a prisão arbitrária de Williams Dávila Barrios, ex-governador e ex-deputado eleito pelo estado venezuelano de Mérida, Eduardo Jorge disse ainda:

“Maduro sequestra e faz reféns. Hamas fazendo escola. Enquanto isto governo do Brasil e companhia esperam, esperam esperam…esperam que o assunto saia da pauta e o ditador continue no poder. Chamam isto de ‘pragmatismo’, ‘realismo’ e até ‘moderação’ !!!!”

De fato, nem toda esquerda é antidemocrática e o apoio a Maduro é um bom critério para fazer essa separação. Mas a separação já foi feita e o PT, partido do presidente Lula, não passou no crivo e, como esperado, endossou a farsa eleitoral de Maduro.

Fora do PT, porém, houve, na esquerda, algumas manifestações firmes contra a fraude eleitoral de Nicolás Maduro. O discurso contrário à ditadura de Nicolás Maduro, que já é ponto pacífico em toda a direita, seja bolsonarista ou não bolsonarista, passou a circular também na esquerda moderada.