Governador do Pará na mira da PF por emendas
Helder Barbalho e a deputada Elcione Barbalho, sua mãe, são investigados por desvios de emendas parlamentares
A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação para apurar suspeita de desvios de recursos envolvendo o governador do Pará, Helder Barbalho (foto, à esquerda; MDB), e a mãe, deputada federal Elcione Barbalho (MDB) nesta quinta-feira, 12.
As investigações apuram desvios de emendas parlamentares destinadas ao governo do Pará, comandado por Hélder Barbalho.
A PF investiga crimes de fraude em licitação, lavagem de dinheiro, peculato e organização criminosa.
Os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços ligados à família Barbalho, na capital Belém.
A operação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Operação Overclean
Na terça-feira, 10, a PF deflagrou a Operação Overclean que cumpriu 17 mandados de prisão preventiva contra desvios de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro a partir de emendas parlamentares em seis estados do país.
A ação da PF, coordenada com o Ministério Público Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) foi realizada nos estados de São Paulo, Goiás, Tocantins, Bahia e Minas Gerais.
Além das prisões, a polícia cumpriu 43 mandados de busca e apreensão.
Movimentação bilionária
De acordo com a CGU, o esquema impactou o Departamento Nacional de Obras contra as Secas (DNOCS), uma autarquia federal vinculada ao Ministério de Desenvolvimento Regional.
A investigação apontou que os recursos públicos, de emendas parlamentares, eram desviados para empresas e pessoas ligadas a administração municipal.
Foram presos preventivamente os empresários Alex Rezende Parente e Fábio Rezende, José Marcos de Moura, além de Lucas Lobão, que chefiou o Dnocs na Bahia no governo Bolsonaro (PL). Os quatro são investigados por liderarem o suposto esquema.
A PF prendeu ainda o vereador Francisquinho Nascimento (União Brasil-BA), primo do deputado Federal Elmar Nascimento (União Brasil), que chegou a se lançar, este ano, candidato à presidência da Câmara dos Deputados. Francisquinho é apontado pela PF por direcionar um processo licitatório da prefeitura de Campo Formoso, na Bahia, em favor da empresa Larclean Saúde Ambiental.
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