Golpes com Inteligência Artificial: Saiba como se proteger
Aprenda como os ciberataques baseados em IA funcionam, suas características, tipos e potenciais contramedidas.
Os ataques cibernéticos evoluem continuamente, adaptando-se às novas tecnologias disponíveis no mercado. Com a ascensão da inteligência artificial generativa, nota-se uma proliferação de golpes online que utilizam linguagens de programação sofisticadas para enganar usuários e subtrair seus dados. Duas das técnicas mais notórias que se beneficiaram desse avanço tecnológico são o phishing e o deepfake. Recentemente, essas questões foram debatidas em um encontro de cibersegurança da ESET, em Buenos Aires, que destacou o panorama da segurança digital no Brasil e na América Latina.
No evento, especialistas discutiram como os golpistas estão integrando a inteligência artificial em suas estratégias para tornar as fraudes mais eficazes. A IA é utilizada para criar campanhas enganosas que não apresentam erros gramaticais, tornando as mensagens mais convincentes e diminuindo a desconfiança das potenciais vítimas.
Como o Phishing e Deepfake utilizam a IA?
O phishing é uma técnica bastante antiga que, com o passar do tempo, ganhou novas variações. O golpe clássico envolve o envio de mensagens que atraem a atenção das vítimas com ofertas sedutoras. Ao clicar no link, a vítima é levada a uma página falsa onde entrega dados pessoais e financeiros. O avanço da IA permitiu a criação de campanhas de spear phishing, que são extremamente personalizadas e sem erros aparentes, aumentando assim as chances de sucesso do golpe.
Por outro lado, a criação de imagens, áudios e vídeos hiper-realistas por meio da inteligência artificial generativa está no cerne dos golpes de deepfake. Esses conteúdos falsificados podem apresentar figuras públicas em contextos manipulados para obter informações pessoais ou financeiras das vítimas. Um exemplo notável ocorreu em abril de 2024, quando cibercriminosos usaram um vídeo alterado do jogador Lionel Messi para promover um aplicativo falso, manipulando trechos de uma entrevista autêntica para atrair desavisados.
Como se proteger de golpes de Phishing e Deepfake?
A proteção contra ataques de phishing e deepfake reside, em grande parte, no reconhecimento e na cautela. Os usuários devem ser diligentes ao receber solicitações de informações pessoais, ofertas extremamente atrativas ou mensagens com senso de urgência vindas de fontes suspeitas. Ao detectar qualquer um desses sinais, a melhor prática é verificar a legitimidade através de contatos oficiais.
Empresas de segurança, como a ESET, estão avançando no desenvolvimento de sistemas que utilizam IA para identificar e prevenir ameaças. Esses mecanismos de proteção são fundamentais para fortalecer a defesa contra fraudes. É igualmente importante notar a necessidade de prestar atenção aos detalhes em vídeos e áudios possivelmente adulterados, como movimentos incoerentes de boca e olhos ou inconsistências no tom da voz e contexto apresentado.
Quais recursos e técnicas podem ajudar na detecção de Deepfakes?
A detecção de deepfakes pode ser aprimorada através de comparações detalhadas com outros conteúdos legítimos do mesmo sujeito. Ao identificar diferenças ou semelhanças importantes, torna-se possível discernir material autêntico de falsificações. Esta técnica de verificação cruzada é fundamental na identificação de inverossimilhanças que podem indicar a presença de informações falsas ou manipuladas.
As discussões sobre o desenvolvimento de ferramentas que possam assistir os usuários, juntamente ao aumento na conscientização sobre as táticas cibernéticas modernas, destacam a complexidade do cenário de segurança digital. A postura vigilante e informada, alinhada ao apoio de soluções tecnológicas robustas, fundamenta a proteção necessária contra os golpes cibernéticos que utilizam inteligência artificial.
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