Flávio Bolsonaro tenta garimpar apoio de União e PP, mas respostas só em 2026
Os caciques deixaram explícito em conversa que qualquer alinhamento dependerá de negociações concretas e de um cálculo político mais amplo
Durante a reunião entre o senador Flávio Bolsonaro (PL) e os presidentes do PP, Ciro Nogueira, e do União Brasil, Antônio Rueda, realizada nesta segunda-feira, 9, à noite, as lideranças do Centrão sinalizaram que não estão dispostas a oferecer um apoio automático à candidatura presidencial do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Na conversa, os caciques deixaram explícito que qualquer alinhamento dependerá de negociações concretas e de um cálculo político mais amplo dentro das siglas.
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Tanto Ciro quanto Rueda prometeram a Flávio que iriam conversar com suas bases a partir de agora. Mas o cenário deverá ficar mais claro, na visão de ambos, apenas em março de 2026.
Tanto Ciro quanto Rueda advogam por outra candidatura de direita, que seja mais viável que a de Flávio. Por isso, os dois defendem que o grupo do ex-presidente Jair Bolsonaro apoie Tarcísio de Freitas para a disputa presidencial.
“Hoje foi um momento de conversarmos como se deu essa definição. Tanto PP quanto União Brasil, nos ouviram, tivemos a oportunidade de colocar em que circunstâncias ela ocorreu e o que pretendemos e como será o planejamento dessa pré-campanha, que antecede inclusive o mês de março, que é o primeiro balizador da campanha eleitoral”, disse Rogério Marinho, líder da oposição no Senado.
“Nessa conversa que tivemos ficou clara a nossa convicção de que a candidatura de Flávio é uma candidatura para valer”, acrescentou Marinho.
Na conversa, tanto Rueda quanto Ciro afirmaram a Flávio que o apoio automático à candidatura do PL iria implicar em um desarranjo em vários palanques eleitorais em todo o país. Há algumas preocupações como, por exemplo, Santa Catarina, local em que Carlos Bolsonaro lançou sua pré-candidatura ao Senado e isso pode comprometer o apoio do PP no palanque de Jorginho Mello, já que a expectativa era que uma vaga ao Senado fosse do PL e outra do PP. Também há problemas para se compor esse palanque no Paraná.
O União Brasil quer emplacar Sérgio Moro, mas o PP pretende apoiar Cida Borghetti, esposa do ex-líder do governo Bolsonaro na Câmara Ricardo Barros (PP).
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