O deputado federal Filipe Barros (PL-PR, foto) será o próximo presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara após Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ter decidido se licenciar do cargo e ficar nos Estados Unidos.

Como mostramos, o líder da oposição na Casa, tenente-coronel Luciano Zucco (PL-RS) era apontado como favorito ao cargo. Mas houve desconforto na bancada após a informação ter sido vazada. Após várias reuniões da bancada na noite desta terça-feira, 18, chegou-se ao consenso de que Barros seria o melhor nome para o cargo.

Pesou na decisão dois fatores: os integrantes do PL entenderam que Zucco hoje tem feito um bom trabalho como líder da oposição e que não teria outro nome de impacto para assumir a função. Do outro lado, Barros é considerado um dos parlamentares mais fiéis ao ex-presidente da República e a ideia é que Eduardo Bolsonaro atue como uma espécie de ‘presidente oculto’ da Comissão de Relações Exteriores.

Mesmo fora do país, Eduardo Bolsonaro dará as principais diretrizes do colegiado, conforme apurou este portal. Assim, Filipe Barros comandará os trabalhos, mas a linha de atuação será determinada em conjunto com o filho do ex-presidente da Repúlbica.

Na divisão das comissões, o PL havia solicitado a Comissão de Relações Exteriores, mas o PT se manifestou contra caso Eduardo fosse eleito presidente do colegiado. Com Eduardo fora do país, não houve mais esse entrave.

Como também revelamos, parte do PL foi surpreendida com a decisão de Eduardo Bolsonaro. O anúncio ocorreu na manhã desta terça-feira.

“Tornei-me deputado para representar o povo paulista no melhor interesse da minha nação. O que o ministro da Suprema Corte Alexandre de Moraes e os seus cúmplices estão tentando fazer é usar justamente o meu mandato como cabresto, como ferramenta de chantagem e coação do regime de exceção. Como instrumento para me prender e impedir que eu represente os melhores interesses para o meu país”, disse o deputado em vídeo gravado na rua nos Estados Unidos.