Falta de líderes no encontro do Brics levanta questões sobre futuro da aliança
Este será o primeiro caso desde a criação do grupo em 2009 em que um líder chinês não participará presencialmente

A ausência de líderes significativos, como o ditador da China, Xi Jinping, e o ditador da Rússia, Vladimir Putin, no próximo encontro do Brics, no Rio de Janeiro levanta inquietações sobre a unidade e a relevância do grupo.
No domingo, 6 de julho e na segunda-feira, 7, será realziada a reunião de Cúpula, sob a presidência brasileira.
O Ministério das Relações Exteriores da China confirmou que Xi não comparecerá ao evento e, em seu lugar, enviará o primeiro-ministro Li Qiang. Este será o primeiro caso desde a criação do grupo em 2009 em que um líder chinês não participará presencialmente.
Por outro lado, Putin também não estará presente fisicamente, optando por participar via videoconferência devido a um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional, que obrigaria as autoridades brasileiras a detê-lo, caso ele estivesse no país.
Xi Jinping e Lula
A ausência de Xi Jinping levanta questionamentos sobre as motivações por trás dessa decisão. O ministério não fez declarações oficiais sobre o assunto.
No entanto, analistas sugerem que uma possível explicação pode ser as reuniões recentes entre Xi e o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, que ocorreram duas vezes em menos de um ano, sendo a última em maio passado em Pequim.
Para Zongyuan Zoe Liu, pesquisadora do Council on Foreign Relations, essa troca de ideias entre os líderes pode ter diminuído a necessidade de uma nova reunião presencial.
Falta de consenso
A ausência de Xi, no entanto, pode ser interpretada como um sinal da falta de consenso e da crescente divisão dentro do Brics.
Nos últimos anos, a China consolidou sua posição como a principal potência dentro do bloco dos países emergentes, utilizando o Brics como uma plataforma estratégica para expandir sua influência global e contrabalançar a hegemonia ocidental.
A proposta de uma nova ordem mundial, onde países como a China tenham voz ativa, tem sido central para os interesses chineses.
Outro indício da fragmentação interna do Brics surgiu durante a reunião dos ministros das Relações Exteriores em abril no Rio de Janeiro.
Pela primeira vez, os ministros não conseguiram chegar a um consenso sobre uma declaração final que contemplasse o apoio ao Brasil, Irã e África do Sul por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.
Sem a presença dos líderes chineses e russos, a dinâmica do evento parece pouco promissora. Para os novos membros do Brics, a perspectiva de um encontro sem Xi Jinping é desestimulante.
Diante de sua ausência, outros líderes também estão reconsiderando suas participações; já há rumores sobre ausências significativas como a do presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi.
Leia mais: O que Stedile tem a dizer aos líderes do Brics?
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Comentários (3)
Annie
06.07.2025 10:59Oh coitado!
Marian
06.07.2025 10:31Vamos resumir? Flopou .
Marcia Elizabeth Brunetti
05.07.2025 20:07Para que vir ao Brasil para ouvir um palerma bêbado falando besteira? Os lideres tem coisas mais importantes para fazer.