Ex-presidente do INSS nega favorecimento a partidos de esquerda
Durante CPMI, Alessandro Stefanutto afirmou ter atendido pleitos de congressistas de oposição
O ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto (foto), negou nesta segunda-feira, 13, ter favorecido “partido de esquerda” durante sua gestão, ao depor na CPMI que investiga irregularidaes em aposentadorias e pensões de beneficiários.
Em resposta ao senador Márcio Bittar (União-AL), Stefanutto – que admitiu ser “progressista” – afirmou ter atuado também durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e rejeitou acusações de parcialidade:
“Não defendo nenhum grupo criminoso, conforme consta no inquérito da Polícia Federal e nas provas que os senhores têm. Segundo, eu sou procurador federal e servi o governo do presidente [Jair] Bolsonaro também. O que o senhor falou é absolutamente equivocado. Eu cheguei até a ser convidado para ser procurador-geral de outras autarquias, não aceitei. Eu estava no CRPS, em um cargo de confiança no governo Bolsonaro.
Eu estava na subprocuradoria em Minas Gerais, atendendo a um pedido, inclusive, que fez parte do governo do presidente Bolsonaro. Fui nomeado lá. Isso não é verdade. O que o senhor está colocando sobre mim não é verdade. Não é porque nós temos pretensões políticas, do ponto de vista da nossa afinidade, progressista, que, quando eu estou lá, eu não vou privilegiar, senador — me desculpe a franqueza, mas jamais vou ofendê-lo — vou privilegiar partido X, Y, Z de esquerda. Eu recebi muitos deputados de partidos de oposição. Nunca deixei de atender o pleito de um deputado do PL [Partido Liberal].”
Bittar, então, rebateu a fala de Stefanutto.
“Quando o senhor aqui afirma, como quando afirmou aqui, entre aspas: ‘o nosso governo fez, o de vocês não fez’, é claro, evidente que, embora sendo um agente de carreira que passou em um concurso público, é claro que é um homem de partido, de causa progressista, como o senhor acabou de falar — e progressista é o quê? A linha ideológica da esquerda globalista“, afirmou o senador.
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