Ex-integrante do Instituto Marielle foi selecionada em contrato gerido por madrinha de Anielle
Coordenadora de incidência e pesquisa da ONG em homenagem à irmã da ministra foi uma das selecionadas em contrato de 300 mil dólares

Uma ex-integrante do Instituto Marielle Franco foi selecionada para trabalhar como consultora do projeto “Gente negra – Reconstrução e Desenvolvimento” – um convênio de 300 mil dólares firmado entre o Ministério da Igualdade Racial e o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) – que é coordenado pela madrinha de casamento da ministra Anielle Franco.
A sanitarista Fabiana Pinto Fernandes atuou como coordenadora de incidência e pesquisa no Instituto Marielle Franco até abril de 2024.
Além de Fabiana, também foi contratado pela pasta de Anielle Franco Alex da Mata Barros, denunciado pelo vice-presidente do PT e prefeito de Maricá, Washington Quaquá, como um suposto funcionário fantasma da prefeitura de Maricá. A ministra Anielle supostamente indicou Alex da Mata, segundo a denúncia feita por Quaquá ao Conselho de Ética do PT.
Nas redes sociais, Fabiana e Anielle mostram bastante proximidade. A ex-integrante do Instituto Marielle Franco postou várias imagens em momentos festivos com a ministra, inclusive em festas de Carnaval. Em resposta a O Antagonista, o Ministério da Igualdade Racial negou qualquer tipo de favorecimento tanto a Fabiana quanto à madrinha de casamento da ministra Bianca Santana.
A seleção ocorreu em maio de 2024.
“Esclarecemos que a ministra Anielle Franco não realizou e não realiza nenhuma seleção para projetos de consultoria ao MIR”, disse a pasta a este portal.
Como mostramos, o projeto “Gente Negra” tem como objetivo “apoiar a estratégia governamental de união e reconstrução do país, através da promoção da Igualdade Racial, do combate ao racismo e do aperfeiçoamento das ações e políticas públicas desenvolvidas pelo Ministério da Igualdade Racial do Brasil”.
A iniciativa visa, também, qualificar tecnicamente as secretarias do Ministério para a produção de “informações qualificadas que resultem na ampliação do acesso a direitos pela população negra”.
O projeto também foi estabelecido para auxiliar a pasta a levantar informações sobre a população negra e elaborar projetos para consolidar a política de promoção da igualdade racial no país. O convênio entre a CAF e o Ministério foi assinado em 18 de janeiro do ano passado. Sua vigência é de 16 meses. Pelo acerto, 240 mil dólares são pagos pelo CAF e outros 60 mil dólares pelo Ministério da Igualdade Racial.
“O edital foi devidamente divulgado pelo site do Ministério da Igualdade Racial para conhecimento público e foram analisados currículos e propostas de candidatos que se inscreveram. Os selecionados têm experiência e capacidade técnica compatíveis com o cargo e prestam serviços conforme suas expertise e currículos”, reiterou o Ministério da Igualdade Racial em nota.
*Reportagem alterada para correção de informação
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Comentários (2)
Clayton De Souza pontes
18.02.2025 23:51Essa turma não tem limites pra arrumar boquinhas pros amigos. É tudo com justificativas politicamente corretas
MARCOS
18.02.2025 19:32ESTÁ TUDO EM CASA. É SÓ REPARTIR A GRANA.