“Eu que decretei”, diz Moraes a Braga Netto sobre prisão
Ministro e general da reserva protagonizaram momento constrangedor no início de depoimento

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o general Braga Netto, candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, protagonizaram um momento constrangedor durante depoimento na Primeira Turma da Corte.
Nas considerações iniciais, Moraes indagou ao general se ele já havia sido preso anteriormente.
A seguir, ocorreu o seguinte diálogo:
“Braga Netto: Eu estou preso, presidente.
Moraes: Fora essa vez…
Braga Netto: Fora essa vez, não, senhor.
Moraes: Eu sei que o senhor está… Eu quem decretei.“
Por determinação de Moraes, o general Walter Braga Netto está preso preventivamente desde dezembro do ano passado, em uma sala especial na 1ª Divisão do Exército, no Rio de Janeiro.
Em 2 de junho, a PGR se manifestou contra o pedido de soltura apresentado pela defesa do general ao STF.
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Cid e “caixa de vinho”
Na segunda-feira, 9, o tenente-coronel Mauro Cid afirmou em depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF), que recebeu “uma quantia de dinheiro” entregue em uma “caixa de vinho” pelo general Braga Netto no Palácio da Alvorada, em 2022.
Segundo Cid, o valor foi repassado ao major Rafael Martins de Oliveira, acusado de tentar viabilizar o plano Punhal Verde e Amarelo, cujo um dos objetivos era neutralizar o ministro Alexandre de Moraes.
“E aí o general Braga Netto trouxe uma quantia de dinheiro, não sei dizer o valor, que foi passado para o major de Oliveira no próprio Alvorada. Eu recebi o dinheiro do general Braga Netto no Palácio da Alvorada. Ele estava numa caixa de vinho, botelha, no mesmo dia eu passei para o major de Oliveira”, afirmou Cid.
De acordo com a Polícia Federal (PF), o major Rafael Martins de Oliveira também debateu com o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro o pagamento de R$ 100 mil para financiar o trajeto de apoiadores do antigo governo a Brasília.
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