Entidades de caminhoneiros dizem que movimento pró-Bolsonaro é do agronegócio
Os bloqueios de rodovias por caminhoneiros não têm o apoio da categoria dos transportadores. Segundo o presidente do Sinditac-GO (Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga de Goiás), Vantuir Rodrigues, "o caminhoneiro autônomo não está participando"...
Os bloqueios de rodovias por caminhoneiros não têm o apoio da categoria dos transportadores. Segundo o presidente do Sinditac-GO (Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga de Goiás), Vantuir Rodrigues, “o caminhoneiro autônomo não está participando”.
“Nada dessa pauta nos interessa. Quem está parado é o agronegócio. O agronegócio que quer destituir o STF, que está fazendo uma manifestação pró-governo. Só que estão usando a categoria como bode expiatório”, disse ao site Poder360.
Joelmes Correia, do movimento GBN (Galera da Boleia da Normatização Pró-Caminhoneiro), explicou que “os fazendeiros, plantadores de soja e milho são proprietários de uma grande frota de caminhões e os caminhoneiros que prestam serviço a esse pessoal têm uma situação financeira melhor, acreditam nessas pautas e acabaram aderindo”.
O presidente do CNTRC (Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas), Plinio Dias, que convocou a greve frustrada de julho de 2021, também afirmou que não apoia essas manifestações “porque não têm nada a ver com os caminhoneiros”.
A Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar), que representa mais de 20 mil empresas no estado, também garantiu ao site RicMais que em nenhum desses atos, “motoristas ou empresas do setor de transporte estão presentes, sendo movimentos isolados e praticados por profissionais autônomos que não fazem parte da Federação”.
Ontem, registramos que o sócio de uma das empresas que levou caminhões às ruas da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, nos atos em favor de Jair Bolsonaro no 7 de Setembro é um dos diretores da Aprosoja, investigada pelo Supremo.
Registre-se que o agronegócio tem obtido lucros recordes no atual governo com a disparada do dólar — que ontem voltou a subir.
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