Então falta amor ao governo Lula?
O marqueteiro Sidônio Palmeira, que atuou na campanha de Lula em 2022, cobrou mais "amor" e "tesão" em reunião convocada pelo ministro Paulo Pimenta para melhorar a popularidade do petista, em queda em todas as pesquisas
Acionado para tentar melhorar a avaliação do governo, o marqueteiro Sidônio Palmeira, que atuou na campanha de Lula em 2022, tem intensificado sua presença em Brasília e já cobrou mais “amor” e “tesão” em reunião convocada pelo ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Paulo Pimenta, com representantes de nove ministérios, da Caixa e do Banco do Brasil na semana passada.
Segundo a Folha de S.Paulo, ele disse na reunião a gestão petista é melhor do que a percepção popular, o que seria um indicativo de que alguma coisa está errada na comunicação do governo.
“Comunicação sem amor, vontade, tesão, sem brilho não vai a lugar nenhum”, afirmou Sidônio Palmeira aos presentes.
O marqueteiro complementou dizendo que “um governo sem marca é um governo fraco”, mas evitou colocar a culpa toda sobre Pimenta.
Além do chefe da Secom, a secretária de Publicidade da Secretaria de Comunicação, Mariana Seixas Lima, também participou da reunião.
Não é só Sidônio
Além de Sidônio Palmeira, o governo Lula recorreu ao coordenador nacional de comunicação do PT, Juan Herbert Jacob Cândido Pessôa, para comandar a Superintendência de Serviços de Comunicação da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), área responsável pela comunicação governamental da estatal.
A ideia é melhorar a imagem do governo pelos canais da EBC.
A Empresa Brasil de Comunicação também irá rever a grade de programação do CanalGov, seu braço governamental, para ampliar a divulgação de ações da Esplanada dos Ministérios e incluir evangélicos em sua programação para tentar reverter a resistência do petista perante esse público.
Lula derrete
Pesquisa Atlas Intel, divulgada em 7 de março, mostra que a avaliação dos brasileiros sobre o governo Lula caiu em todas as áreas em 2024.
“Vista como uma âncora de sustentação da aprovação do governo, a imagem negativa de Lula superou numericamente sua imagem positiva pela primeira vez desde agosto de 2022”, destacou o instituto.
Hoje, a imagem de Lula é negativa para 49%, enquanto a positiva está em 47%. Em janeiro era positiva para 53% e negativa para 45%.
Quedas
Entre janeiro e março, as avaliações positivas, “ótimas” e “boas”, caíram de 40% a 28% em “Justiça e combate à corrupção” e de 36% a 24% em segurança pública.
Essas foram as quedas mais vertiginosas.
A derrocada foi de 47% para 38% sobre relações internacionais, de 38% a 30% sobre “Responsabilidade fiscal e controle de gastos”, de 48% a 41% sobre “Direitos Humanos e igualdade racial”, e de 36% a 24% sobre meio ambiente.
Nesse meio tempo, as avaliações negativas, “ruins” e “péssimas”, decolaram. A avaliação negativa sobre segurança pública subiu 14 pontos, de 52% a 66%.
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