Embratur se explica ao TCU sobre fantasmas
A agência presidida por Marcelo Freixo alegou ter adotado o teletrabalho em 2023 e negou a contratação de servidores fantasmas

A Embratur, agência de promoção do turismo presidida por Marcelo Freixo (PT, foto), negou formalmente ao Tribunal de Contas da União (TCU) ter contratado funcionários fantasmas, registrou O Globo.
Desde que o caso veio a público em novembro de 2024, Freixo tem tentado desqualificar a denúncia, afirmando se tratar de um “ato de vingança” promovido por gente que saiu da agência.
“É uma denúncia anônima, irresponsável, movida por gente que tiramos daqui. É um ato de vingança em um momento em que os resultados da Embratur falam por si só, com recorde de empregos e investimentos. Temos plena convicção de que será arquivada. A denúncia quer gerar um desgaste em um setor que vai indo bem. Órgãos de controle são sérios, respeitamos, e é lamentável a tentativa de usá-los indevidamente”, disse o presidente da Embratur.
A resposta ao TCU
Em ofício assinado por Freixo, a agência alegou que foi adotada a possibilidade de teletrabalho em 2023 “a fim de otimizar as ações da agência, que atua na promoção dos destinos turísticos de todo o país, em permanente diálogo com o setor privado, estados e municípios”.
“Pontualmente, alguns colaboradores da Embratur estão em regime de teletrabalho e todos participam de atividades da empresa”, continuou a autarquia.
“Dentro do quadro de funcionários (contratados e servidores cedidos) da empresa, tanto esses colaboradores quanto os que estão em regime presencial foram contratados atendendo pré-requisitos legais previstos no Estatuto da Embratur e na legislação trabalhista, e estão submetidos ao código de ética da empresa. Todos estão sujeitos aos normativos da empresa para fins de controle da efetiva prestação de serviço”, completou.
E os servidores demitidos da Embratur?
Sobre a demissão de cinco pessoas após a denúncia, a Embratur afirmou:
“Após análise detalhada, concluiu-se que esses colaboradores não atendiam aos critérios mínimos esperados para a continuidade de suas atividades na agência. Em vista disso, as medidas cabíveis foram tomadas, culminando na rescisão contratual.”
Segundo a agência comandada por Freixo, os cinco profissionais foram demitidos devido à “insuficiência nos relatórios de desempenho”.
Leia mais: Fantasminhas da Embratur: pode sobrar para Celso Sabino
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Comentários (1)
Sandra
20.01.2025 14:04Imagina quantos funcionários em "tele trabalho" não existem neste governo