A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou neste sábado, 18 de janeiro, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) continua sendo uma figura de influência política, mesmo após sua inelegibilidade. 

“É um certo medinho que eles têm do meu marido”, afirmou a jornalistas no Aeroporto de Brasília, antes de embarcar para Washington, onde representará Bolsonaro na posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

“Meu marido está sendo perseguido. Assim, como um grande líder, não seria diferente, não é? Ele foi, vamos dizer, o maior líder da direita. O ‘inelegível’, mas que elegeu o maior número de vereadores e prefeitos. E que não seria diferente”, acrescentou.

Bolsonaro critica decisão de Moraes

Jair Bolsonaro lamentou não poder acompanhar Michelle na viagem. Ele está com o passaporte retido por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que justificou o risco de fuga do ex-presidente para evitar a aplicação da lei penal.

“Eu pré-acertei o encontro com o chefe de Estado (Trump) via Eduardo Bolsonaro e, lamentavelmente, não vou poder comparecer”, disse Bolsonaro. 

“Eu queria estar acompanhando a minha esposa. Quem vai estar acompanhando lá é o meu filho Eduardo.”

Bolsonaro afirmou que enfrenta uma “enorme perseguição política” e fez críticas indiretas a Moraes. “Essa pessoa decide a vida de milhões de pessoas no Brasil. Ele é o dono do processo. Ele é o dono de tudo.”

O ex-presidente também comentou o apoio de Trump, dizendo acreditar que a presença do líder norte-americano pode alterar sua situação no Brasil. 

“Com toda certeza, se ele me convidou, ele tem a certeza que pode colaborar com a democracia do Brasil afastando inelegibilidades políticas, como essas duas minhas que eu tive.”