Desvio de emendas: assessor de deputado é alvo de buscas no RS
A PF investiga desvios em emendas parlamentares indicadas pelo deputado Afonso Motta (PDT-RS) para um hospital de Santa Cruz do Sul (RS)

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 13, a operação EmendaFest, para investigar desvios em emendas parlamentares que seriam destinadas ao Hospital Ana Nery, em Santa Cruz do Sul (RS).
Autorizada pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), a ação mira emendas indicadas pelo deputado Afonso Motta (PDT-RS).
Segundo a Globonews, Lino Furtado, chefe de gabinete do parlamentar, está entre os alvos, assim como Cliver Andre Fiegenbaum, diretor administrativo da Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional do Rio Grande do Sul.
Os policiais federais cumprem 11 mandados de busca e apreensão e dois mandados de busca pessoal em cinco municípios do Rio Grande do Sul –Estrela, Rosário do Sul, Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires e Lajeado– e em Brasília, no Distrito Federal.
Flávio Dino também determinou “o afastamento do cargo e das funções públicas de dois investigados, além do bloqueio de valores de contas de pessoas físicas e jurídicas”, informou a PF.
Durante as buscas, a Polícia Federal apreendeu cerca de 350 mil reais e dois celulares no forro de um escritório, sendo que 10 mil reais estava com o assessor de Afonso Motta.
Os crimes investigados são desvio de recursos públicos, corrupção ativa e passiva.
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“Contrato de propina”
As investigações apontam que o grupo envolvido desviava 6% dos valores destinados via emendas parlamentares ao hospital.
Os valores eram indicados em um “contrato de propina”.
Na documentação, o dinheiro era sinalizado uma “contrapartida” pela “captação de recursos”.
Desvios de emendas
Pelo menos 20 investigações sobre supostos desvios de emendas enviadas por deputados e senadores tramitam no STF.
Todos os casos tramitam em sigilo.
Leia mais: PF: desvio de emendas tinha contrato e até nota fiscal
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Comentários (3)
Ita
13.02.2025 16:34Fico admirado de só ter 20 casos sendo investigados. Toda regra tem exceção mas todo político (parlamentar ou não) tem "um assessor" aquele que vive na sombra, executa ordens, leva a culpa, mergulha, continua em outra "boca", costuma ressurgir mais lá na frente e o chefe? nada fez, nada sabe, é perseguição política e tudo será esclarecido no seu tempo... e continua na "Corte".
LuÃs Silviano Marka
13.02.2025 11:36Estou absolutamente chocado e horrorizado por desta vez não se tratar de um petista.
Annie
13.02.2025 10:46O Dino está sendo uma boa surpresa que continue assim.