Deputado petista culpa Planalto por atraso nas emendas
"O problema maior é no governo; que não pagou e nem empenhou nada há meses", critica Zeca Dirceu (PT-PR) sobre falta de consenso na Câmara
![Deputado petista culpa Planalto por atraso nas emendas](https://cdn.oantagonista.com/uploads/2024/12/img20231222142600085-1024x631_original.jpg)
A condução do governo Lula na relação com o Congresso Nacional se revela “ruim” a cada nova rodada de negociações para avançar no ajuste fiscal.
Questionado por O Antagonista, o deputado Zeca Dirceu (PT-PR) prevê que o pacote de corte de gastos, assinado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve continuar enfrentando resistência na Câmara dos Deputados.
Na avaliação do petista, o motivo não será uma retaliação ao Supremo – que limitou o crescimento das despesas com as emendas sob o discurso de que é necessário enxugar o orçamento da União- mas o resultado de uma insatisfação dos parlamentares com o governo lulista.
“O que está travando as pautas não é apenas a decisão do Dino, até porque ele liberou boa parte das emendas, o problema maior é no governo; que não pagou e nem empenhou nada há meses”, afirmou o deputado.
Desde a última semana, O Antagonista mostrou que parte da base governista, incluindo o próprio PT, não apresenta consenso e mostra insatisfação com as ações do Planalto.
Corte de gastos
As mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC) incluídas no pacote de corte de gastos dividiu a base lulista, entre outros pontos de divergência. “Existe, sim, insatisfação. A insatisfação é por parte das mudanças do BPC“, declarou Dirceu, que já liderou a bancada petista na Casa de Leis.
Lira X Padilha
Como mostramos, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), deu mais uma demonstração de força, em detrimento do governo, ao comentar a tramitação das propostas que abrangem o pacote de corte de gastos enviado pelo governo federal ao Congresso.
Lira sinalizou que as propostas avançarão ao garantir que “o Congresso não vai faltar”[sobre o tema], mas destacou que o esforço pelas aprovações será feito apesar da capacidade de articulação do governo, que segundo ele, não tem votos para aprovar a urgência das tramitações.
A fala foi entendida por membros do Congresso como uma provocação ao ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, desafeto de Lira. Oportunidade para o chefe da Casa Legislativa mostrar ao governo o diferencial de “seu prestígio” sobre as votações.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)