Deputado pede que PGR e PF investiguem Janones por exercício ilegal da advocacia
Janones, apesar de se apresentar como deputado, e não como advogado, assinou uma denúncia sobre o PL com o seu registro da OAB de Minas Gerais
O deputado federal Filipe Barros (PL-PR) ingressou com representações na Procuradoria-Geral da República (PGR) e na Polícia Federal (PF) para que seja investigada a conduta do também parlamentar André Janones (Avante), que usou um cadastro suspenso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para pedir a extinção do PL – partido de Barros e do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Com mostramos, Janones, apesar de se apresentar como deputado, e não como advogado, assinou o documento com o seu registro da OAB de Minas Gerais.
Na denúncia apresentada à PGR e à PF, Barros classifica o caso como grave.
“A gravidade do caso reside não apenas no exercício ilegal da advocacia, mas também na tentativa de manipular o sistema judicial para alcançar objetivos políticos por meios eticamente e legalmente questionáveis”, declarou o parlamentar. “Ao apresentar um documento formal com registro irregular, o noticiado compromete a integridade dos trâmites jurídicos e infringe diretamente normas legais e éticas”, acrescentou.
O ofício de Janones contra o PL
Na visão do parlamentar aliado de Lula, o PL está envolvido em “práticas antidemocráticas”. O pedido do parlamentar ocorreu em 14 de novembro, mesmo dia em que uma pessoa atirou fogos de artifício no STF e morreu em seguida.
“Cada dia que passa fica mais claro que o PL e o bolsonarismo são cúmplices desses atos criminosos e terroristas. Bolsonarismo é a maior facção criminosa desse país. Não é à toa que entrei com um pedido na PGR para que seja extinto o PL por envolvimento com toda essa trama golpista”, disse o parlamentar por meio das redes sociais.
Janones, um indiciado
Em setembro, a Polícia Federal indiciou o deputado por um esquema de rachadinha no seu gabinete na Câmara.
O caso estourou no final de 2023, após o site Metrópoles revelar áudios em que Janones sugere a rachadinha, que é a prática de superfaturar o salário dos assessores. O caso está sob análise da Procuradoria-Geral da República (PGR) que propôs um acordo para encerrar a investigação.
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