Defesa de Perillo obtém liminar contra Operação Panceia
"A defesa ajuizou Reclamação Constitucional no STF, tendo sido deferida medida liminar para suspender toda investigação", diz nota enviada à imprensa

A defesa do presidente do PSDB, Marconi Perillo, anunciou que obteve liminar para suspender as ações da Operação Panaceia, que apura desvios da àrea da saúde durante o período em que Perillo foi governador de Goiás.
“Em busca de que seja resguardado os seus direitos, a defesa ajuizou Reclamação Constitucional no STF, tendo sido deferida medida liminar para suspender toda investigação até que a Suprema Corte analise definitivamente o pedido, tendo em vista que o ex-Governador pode ser prejudicado”, diz a nota enviada pela assessoria do ex-governador.
O texto acrescenta:“A defesa de Marconi Perillo reafirma sua confiança na Justiça e rechaça, de novo, as ilegalidades, arbitrariedades, violência política e flagrante abuso de autoridade cometidos contra o ex-Governador e familiares”.
A defesa do tucano argumenta ainda que ele foi envolvido na investigação “sem ter praticado ou concorrido para prática de qualquer ato nessa investigação, inclusive por meio de autoridade incompetente”. Conforme a nota divulgada, a operação da Polícia Federal tem cometido ilegalidades no direcionamento das ações que envolvem o cacique partidário do PSDB.
Operação Panceia
Como mostramos, Marconi Perillo foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal em sua residência em Goiás. A ação faz parte da Operação Panaceia, que investiga possíveis desvios de recursos públicos na área da saúde entre 2012 e 2018, período em que Perillo comandou o estado de Goiás.
A investigação ocorre no momento em que Perillo toca negociações que devem levar à fusão entre o PSDB e o PSD, de Gilberto Kassab. As negociações do partido visam à abertura de espaços para a eleição de 2026.
Além dos mandados que dizem respeito a Perillo, outros dez foram executados pela PF, em que colabora com a Controladoria Geral da União (CGU). A 11ª Vara Federal também determinou o bloqueio de mais de 28 milhões de reais dos envolvidos no caso.
O caso
De acordo com a Polícia Federal, os desvios foram realizados por meio de uma organização social que mantinha contratos com o governo estadual para fornecer serviços em dois hospitais públicos de emergência.
Essa organização foi acusada de atuar em conluio com políticos e suas empresas, desviado aproximadamente 900 milhões de reais de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS).
Parte dos valores desviados seria repassada para os próprios políticos ou para a administração da organização, configurando o crime de peculato.
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Comentários (1)
Denise Pereira da Silva
12.02.2025 23:26O Brasil, país onde a impunidade avança a passos largos, está cada vez mais cheio de “novidades”. Surpresa? Nenhuma.