Da PF à oposição: quem já conversou com o relator da CIDH
Pedro Vaca veio ao Brasil para compreender a diversidade de perspectivas e experiências em relação ao direito à liberdade de expressão

Em visita ao Brasil até quinta-feira, 13, o relator especial de liberdade de expressão da Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA), Pedro Vaca, tem ouvido uma série de autoridades para “compreender a diversidade de perspectivas e experiências” em relação ao direito à liberdade de expressão no país.
Na lista, estão o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, e o ministro Alexandre de Moraes; parlamentares da base governista, como os senadores Eliziane Gama (PSD-MA) e Humberto Costa (PT-PE) e os deputados Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ); integrantes da oposição, como os deputados Marcel van Hattem (Novo-RS), Bia Kicis (PL-DF) e Gustavo Gayer (PL-GO), que apresentaram ao relator a histórica capa de Crusoé, intitulada “O amigo do amigo do meu pai”.
Vaca também esteve reunido com integrantes da Polícia Federal, que entregaram a ele uma cópia da minuta de golpe encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.
Segundo a Folha de S.Paulo, os membros da corporação também entregaram ao relator da CIDH informações públicas a respeito do plano para matar o presidente Lula, o vice, Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro Alexandre de Moraes.
“A conversa foi no tom de garantir que a ação da PF foi proporcional e meticulosa, em resposta à tentativa de golpe de estado”, diz o jornal.
Instumentalização
Como analisou Crusoé, a visita de Vaca ao Brasil tem sido instrumentalizada por todos os envolvidos nas conversas.
“Existe uma preocupação em dar um tom político-partidário ao relator (Pedro Vaca). Isso é um erro e ele perceberá”,escreveu no X Enio Viterbo, doutor em História.
“O que se tem que discutir são questões técnicas e jurídicas. Não adianta apenas dizer que o ‘Alexandre fez isso ou aquilo’ sem justificar tecnicamente o abuso. Inclusive, é bom lembrar que ele irá tratar apenas de liberdade de expressão e não de outros temas relacionados ao devido processo legal no STF“, diz Viterbo.
Leia mais: STF e oposição instrumentalizam visita de relator da CIDH
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (1)
Denise Pereira da Silva
12.02.2025 23:22Isso tudo é um circo armado para fazerem barulho e aparecerem para os eleitores. Trabalho sério e competente para resolver a situação internamente ninguém faz. Dá muito trabalho. E falta coragem. Acordem eleitores!