Crusoé: Silêncio e ofensas a serviço de Lula e Maduro
O presidente vai à Guiana, ameaçada pelo parceiro venezuelano, cala sobre Putin, Hamas e Maduro e lança vitupérios contra filhos de Judá
Há mais de 100 anos a Venezuela, respeitável (em termos mercantis apenas) vendedora de óleo cru ao mundo, mercê de seus riquíssimos poços de Maracaibo, na fronteira com a Colômbia, cobiça como um predador infatigável o mesmo produto, que na prática sustenta o país vizinho, a Guiana. Com aproximadamente 160 mil km², pouco maior que o Estado do Ceará, o território de Essequibo representa 70% do território guianês. É uma região rica em minerais como ouro, cobre, diamantes e, recentemente, lá também foram descobertos enormes depósitos de petróleo e outros hidrocarbonetos, o que aguçou ainda mais a volúpia dos ditadores venezuelanos. Recentemente, os temores dos vizinhos ameaçados aumentaram com a convocação pelo ditador Nicolás Maduro de um plebiscito sobre o apoio que a tirania inaugurada por Hugo Chávez cobiça sem descanso. Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) daquele país, 10,5 milhões de eleitores participaram do referendo, realizado em 3 de dezembro, entre os quais 95,93% aceitaram incorporar oficialmente Essequibo ao mapa do país e conceder cidadania e documento de identidade aos mais de 120 mil guianenses que nele vivem.
Nesse panorama violento acaba de entrar em cena aquele que se considera o pai da “democracia do amor” no vizinho ao sul dos dois países, o imenso e poderoso Brasil. Sempre apto a embarcar no primeiro voo que o livre da incômoda realidade que ele herdou em seu terceiro mandato, sem incluir os quarto e quinto, originalmente ocupados por sua militante tatibitate Dilma Rousseff, Luiz Inácio Lula da Silva viajou. Os 14 anos de mando petista no Brasil não bastam para arrancar de seu chefão de meio desgoverno uma palavra de reconhecimento de seu monumental fiasco. Em texto mal lido, Sua Excelência não teve a decência sequer de reconhecer sua influência majoritária nos erros que apontou transferindo-os para o que chamou de “países ricos” das agruras econômicas sofridas por seus anfitriões. E em nenhum instante apropriou-se da grandeza exigida da ocasião para, no mínimo, reconhecer a origem da reunião ao qual foi convocado como se fosse um pedido de socorro para atenuar a maldade do aliado com pretensões a assaltar um território que nunca lhe pertenceu.
Maduro não foi sequer citado no discurso, que…
Leia mais em Crusoé
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)