Deputados bolsonaristas, com o apoio do Centrão, iniciaram uma campanha esta semana contra a Lei da Ficha Limpa, em vigor desde 2010, que impede candidaturas de pessoas condenadas pela Justiça eleitoral.

O objetivo imediato é livrar a cara de Jair Bolsonaro, que foi declarado inelegível por oito anos, e reabilitá-lo politicamente para as eleições de 2026.

Mas, como o abrandamento da lei beneficiaria políticos encrencados de vários partidos, o movimento contra a legislação criada por iniciativa popular, após a coleta de 1,6 milhão de assinaturas, tem sido veladamente apoiado por petistas.

A Lei da Ficha Lima impõe um período de inelegibilidade de 8 anos para políticos condenados por crimes eleitorais e atos de improbidade administrativa.

Como revelou com exclusividade O Antagonista, a ideia de uma proposta do deputado federal Bibo Nunes (PL-RS) é reduzir essa pena para dois anos.

O texto tem como relator o deputado federal Filipe Barros (PL-PR) e está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.

Já subscreveram a proposta 73 parlamentares. Outros 30 já demonstraram interesse em também colocar a sua digital no texto.

Oficialmente, o PT está de olho no colegiado para tentar barrar a proposta.

Extraoficialmente, o partido também se mostra interessado no esvaziamento da Lei da Ficha Limpa, diz a reportagem de capa da nova edição de Crusoé, assinada por Wilson Lima.

Outros destaques de Crusoé

A matéria “Luta de raças”, assinada por Duda Teixeira, mostra como o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acabou com as políticas de diversidade no território americano. O Brasil vai no sentido oposto.

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