Crusoé: como o pacote de US$ 1 trilhão de Biden afeta o Brasil
O Senado americano deve aprovar nos próximos dias um pacote de 1,2 trilhão de dólares para investimentos em infraestrutura, diz a Crusoé. A ideia de Joe Biden é "realizar o maior investimento federal no transporte público até agora". O programa inclui gastos em estradas, pontes, portos, aeroportos, trens, ônibus, túneis e estações de carga para carros elétricos...
O Senado americano deve aprovar nos próximos dias um pacote de 1,2 trilhão de dólares para investimentos em infraestrutura, diz a Crusoé. A ideia de Joe Biden é “realizar o maior investimento federal no transporte público até agora”. O programa inclui gastos em estradas, pontes, portos, aeroportos, trens, ônibus, túneis e estações de carga para carros elétricos.
“O keynesianismo de Biden poderá repercutir de diversas maneiras no Brasil. Caso a inflação aumente além do esperado por causa da gastança federal, isso levaria o Banco Central americano, o Fed, a elevar a taxa básica de juros. Uma medida assim atrairia para os Estados Unidos os investidores que hoje estão em países emergentes. A saída do capital especulativo do Brasil teria um impacto no câmbio e poderia levar o Copom a elevar os juros ainda mais para evitar uma debandada. É um cenário pouco provável, mas possível.
Por outro lado, há possíveis consequências positivas. A mais evidente é que as empresas privadas que irão levar adiante as milhares de obras terão de comprar aço, petróleo, produtos químicos e cimento, o que em grande parte terá de ser importado. A geração de empregos e o aumento da renda também devem elevar a demanda por carnes e grãos. O Brasil tem condições de fornecer para o mercado americano vários desses itens, o que pode ampliar o superávit nas contas externas e animar a Bolsa de Valores. Empresas brasileiras que exportam commodities, como Gerdau, CSN, Usiminas e Vale, já se beneficiam da expectativa gerada pelo possível boom americano.”
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