Crusoé: A conversa de bar de Mauro Cid
Pergunta de Moraes sobre "conceito de gravidade" em depoimento gerou constrangimento e risadas

O tenente-coronel Mauro Cid e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), protagonizaram um momento constrangedor durante depoimento do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro nesta segunda, 9.
Enquanto o advogado Celso Villardi, que integra a defesa do ex-presidente, perguntava sobre o conceito de “centro de gravidade”, o ministro interrompeu para questionar se o seu nome havia sido mencionado em uma reunião em novembro de 2023.
O diálogo a seguir evidenciou a inusitada situação de Moraes atuar como relator do processo sobre trama golpista e ser, ao mesmo tempo, a suposta vítima.
Eis a íntegra do diálogo:
“Moraes: Foi conversado algo sobre o meu nome nesta reunião?
Mauro Cid: Sim, senhor.
Moraes: O que?
Mauro Cid: O senhor foi muito criticado.
Moraes: O que? Só?
(risadas da plateia e de Cid)
Moraes: O senhor tem que falar a verdade.
Mauro Cid: Sim senhor… Ministro, é…
Moraes: Eu estou acostumado já… (risadas). E só uma coisa, é que a Polícia Federal não está aqui. Há uma contradição no depoimento, falou-se que era conversa de bar. Com guaraná e salgadinho. Então não era conversa de bar. Mas, o que mais falaram sobre mim? É a pergunta do doutor advogado. Por favor.
Mauro Cid: Ministro, as pessoas criticavam muito o senhor. As mesmas críticas que o senhor recebe, os mesmos xingamentos, de certa forma, passaram por ali. Não vou dizer que não houve, porque houve, né. Até porque era uma conversa mas…
Moraes: Era uma conversa de bar.
Mauro Cid: Era uma conversa de bar. Tanto que…
Moraes: Havia.., Houve alguma, algum, alguma ideia em relação ao centro de gravidade?
Mauro Cid: Não… Assim, ministro. Nada não. Nada do tipo “vamos planejar uma coisa”. Isso nunca existiu. Tinha assim… xingamentos, “esse cara é um desgraçado”, coisas que o senhor…
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Comentários (1)
Angelo Sanchez
09.06.2025 19:31Conclusão: o tal documento golpista não aparece em nenhum lugar, apenas um decreto que previa novas eleições se as urnas tivessem sido fraudadas. Mesmo assim Bolsonaro não assinou nada e o corrupto “descondenado”, assumiu e agora lamentamos esta escolha dos eleitores.