Castro acusado por “informação falsa” sobre ato de Bolsonaro
Deputada estadual Renata Souza (PSOL) pede ao MP para apurar suposta interferência do governador do Rio em número divulgado pela PM

A deputada estadual pelo PSOL no Rio Renata Souza entrou com uma representação no Ministério Público do Rio (MPRJ) para que seja apurada uma suposta interferência do governador Cláudio Castro (PL) em divulgação da Polícia Militar (PMERJ) do público presente na manifestação por anistia dos presos pelo 8 de janeiro neste domingo, 16, segundo revelou O Globo.
“Observa-se que a PM do Rio de Janeiro (…) encontra-se subordinada ao governador Cláudio Castro e que não só Castro estava presente como apoiador de Bolsonaro, que convocou a manifestação, como também se utilizou do palco para discursar na ocasião. Parece óbvio que qualquer manifestação política operada pelo governador é livre e está coberta por proteção jurídica, mas a divulgação de informações falsas operada pela PMERJ, por sua vez, há que ser investigada”, diz trecho do pedido recebido pelo MP.
Segundo a deputada, a divulgação de um eventual número falso “desinforma e prejudica a orientação social sobre o debate público”.
Castro participou do ato ao lado do ex-presidente Bolsonaro e discursou de cima de um trio.
Discrepância
Segundo o Datafolha, com base em imagens aéreas, cerca de 30 mil pessoas participaram do ato – apenas 3% do que Bolsonaro havia previsto.
Já um levantamento da Universidade de São Paulo (USP) e da ONG More in Common calculou um público ainda menor: 18,3 mil pessoas no horário de pico.
A Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ), no entanto, divulgou um número muito mais elevado e afirmou que a manifestação reuniu 400 mil pessoas.
A corporação, controlada pelo governador Cláudio Castro (PL), aliado de Bolsonaro, não explicou como chegou a essa estimativa.
O cálculo da USP utilizou um método baseado em inteligência artificial, que analisa imagens aéreas e identifica individualmente os manifestantes.
A discrepância entre a medição da USP e os números da PM é de quase 2.000%.
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Comentários (2)
FRANCISCO JUNIOR
17.03.2025 23:07Ângelo Sanches é do tempo em que o rei ia para o campo de batalha na frente dos soldados. Hoje é ao contrário, os generais ficam nas bases e mandam remotamente ordens aos soldados. E o pobre Ângelo ainda acredita em mitos, como os PTistas também acham que o partido e o Lula não fizeram nada de errado.
Angelo Sanchez
17.03.2025 18:58O que realmente importa é que Bolsonaro não embarcou em nenhuma tentativa de golpe, em 08/01 estava no exterior, e o governo do "descondenado" que assumiu não teve sequer a iniciativa de cercar o Palácio do Governo, era um gesto simples mas propositadamente deixou os inconformados com a derrota passearem lá dentro. Alguns vândalos destruíram patrimônio público e estão sendo penalizados. Agora estão armando uma condenação de Bolsonaro, que pode resultar em conflito social.