Caso Genivaldo: ex-PRFs recebem penas de até 28 anos de prisão
Homem morreu asfixiado em maio de 2022, após ser trancado no porta-malas de uma viatura com gás lacrimogêneo
Depois de 11 dias de julgamento, a Justiça condenou, na madrugada deste sábado, 7 de dezembro, três ex-policiais rodoviários federais pelo caso que resultou na morte de Genivaldo de Jesus Santos, em maio de 2022, em Umbaúba (SE). A vítima foi asfixiada após ser trancada no porta-malas de uma viatura com gás lacrimogêneo.
Paulo Rodolpho Lima Nascimento recebeu a maior pena, de 28 anos, por homicídio triplamente qualificado. William de Barros Noia e Kleber Nascimento Freitas foram condenados a 23 anos cada, por tortura seguida de morte e homicídio culposo. As defesas podem recorrer.
Genivaldo, de 38 anos, tinha esquizofrenia e foi abordado por pilotar uma moto sem capacete. Imagens divulgadas na época mostram os agentes da PRF usando spray de pimenta e gás lacrimogêneo contra o homem, que ficou preso na viatura por mais de 11 minutos. A perícia concluiu que a morte foi causada por asfixia mecânica.
O caso de grande repercussão levou à demissão dos policiais em 2023, após processo disciplinar da PRF e decisão do Ministério da Justiça.
Júri popular define penas
O julgamento, conduzido pelo juiz Rafael Soares Souza, ouviu 28 testemunhas e incluiu uma vistoria na viatura usada no crime. O júri desclassificou o crime de homicídio doloso para William de Barros Noia e Kleber Nascimento Freitas, determinando suas penas diretamente. Já Rodolpho foi condenado pelo júri popular pelo homicídio qualificado.
A família de Genivaldo declarou que, apesar da condenação, a decisão não traz felicidade, apenas alívio.
“Acalma, mas felicidade não traz”, disse Laura Santos, irmã da vítima.
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