Câmara quer ouvir dirigentes da Voepass e da Latam
A comissão externa da Câmara foi criada para acompanhar as investigações sobre o desastre aéreo com o avião da Voepass
A comissão externa da Câmara para acompanhar as investigações sobre o desastre aéreo com o avião da Voepass aprovou nesta terça-feira, 27, um convite para ouvir dirigentes da empresa. O convite também se estende aos empresário da Latam, que mantém acordo para compartilhamento de voos com a Voepass.
O avião caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, com 62 pessoas a bordo, quando fazia a rota entre Cascavel (PR) e Guarulhos (SP). Ninguém sobreviveu.
Os requerimentos aprovados pelos deputados pedem a presença de José Luiz Felício Filho, presidente da Voepass, Eduardo Busch, diretor executivo da Voepass, e de Roberto Alvo, diretor-presidente da Latam.
A comissão também convidou a mãe de uma das vítimas para falar sobre o acidente. Maria de Fátima Albuquerque é mãe de Arianne Albuquerque Estevan Risso, residente de oncologia do Hospital do Câncer de Cascavel, que estava no voo da Voepass.
Caça às bruxas
Ao todo, foram aprovados 13 requerimentos. O coordenador da comissão, deputado Bruno Ganem (Podemos-SP), anunciou que o chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), brigadeiro do ar Marcelo Moreno, será o primeiro a ser ouvido, em 10 de setembro.
A data é posterior a divulgação do relatório preliminar do acidente, anunciado pela Força Aérea Brasileira (FAB) para acontecer em 6 de setembro.
O relatório preliminar é divulgado em até 30 dias após acidentes aéreos e deve conter informações acerca do andamento das investigações sobre o acidente.
Segundo o relator da comissão da Câmara, deputado Padovani (União Brasil-PR), seu objetivo “não é fazer caça às bruxas” sobre o caso da Voepass.
“O objetivo de forma nenhuma é apontar culpados, mas encontrar soluções”, disse. “Não queremos aqui quebrar empresa nenhuma, trazer dificuldade à aviação comercial, mas queremos sim investimentos para a ANAC, treinamento de pilotos, treinamento de mecânicos, para que o Brasil continue sendo esse polo seguro de aviação aérea comercial”, disse.
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