Caiado defende anistia: “Penas de até 17 anos de prisão são excessivas”
Governador de Goiás não participou da manifestação convocada por Jair Bolsonaro em Copacabana

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), afirmou neste domingo, 16, ser a favor da anistia aos manifestantes presos pelos atos de 8 de janeiro.
Em publicação nas redes sociais, Caiado disse que “penas de até 17 anos de prisão aos manifestantes são excessivas”.
“Já em fevereiro de 2024, defendi que deveríamos fazer agora como JK fez. Depois de realmente sofrer uma tentativa de golpe, Juscelino, ao invés de incendiar ainda mais o país, concedeu anistia e foi governar.
As penas de até 17 anos de prisão aos manifestantes são excessivas. E o Brasil precisa deixar essa discussão inócua para trás e enfrentar a violência, combater a inflação que assombra quem vai ao supermercado e construir vida melhor para os brasileiros”, escreveu no X.
Embora tenha se posicionado em favor da anistia, Caiado não participou da manifestação convocada por Jair Bolsonaro em Copacabana. Na quinta-feira, ele já havia anunciado que não compareceria e afirmou que passará a viajar mais para aumentar sua visibilidade, de olho na eleição de 2026.
Estiveram em Copacabana os governadores do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), e do Mato Grosso, Mauro Mendes (União).
“Preso ou morto”
Em discurso no ato deste domingo, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que “não vai sair do Brasil” e que será um problema se for “preso ou morto”. Ele também criticou o governo Lula e disse que “o bolsonarismo não foi derrotado e nem será”.
“E só não foi perfeita essa ‘historinha’ de golpe para eles porque eu estava nos Estados Unidos. Se tivesse aqui, estaria preso até hoje ou, quem sabe, morto por eles. Eu vou ser um problema para eles, preso ou morto. Mas, eu deixo acesa a chama da esperança, da libertação do nosso povo, afinal, o Brasil é um país fantástico.”
Bolsonaro também se manifestou sobre a denúncia da Procuradoria-Geral da República:
“O que eles querem? É uma condenação. Se é 17 anos para as pessoas humildes, é para justificar 28 anos para mim.”
Sobre a questão da inelegibilidade, determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse:
“Como viram que a questão da inelegibilidade dá para ser alterada. Afinal de contas, me tornaram inelegíveis por que? Pegaram dinheiro na minha cueca? Alguma caixa de dinheiro no meu apartamento? Algum desfalque em estatal? Porque me reuni com embaixadores e, a outra, porque subi no carro de som do Silas Malafaia.”
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Comentários (2)
Marian
16.03.2025 18:30Encarcerar senhoras de idade e com bíblias nas mãos; mãe de família que escreveu uma frase que nem de sua autoria é; pessoas doentes. Todos com um sentimento em comum o amor pela pátria. Pode não ter sido expressado da melhor forma, mas é amor. Não sequestraram nenhuma autoridade, não roubaram os cofres públicos, enfim, não compreendo.
Murillo Bueno
16.03.2025 16:39Certíssimo. Seria um ótimo presidente o Caiado