O líder do PSD na Câmara dos Deputados, Antônio Brito (BA), fez aceno ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PSD-MG) e ao candidato apoiado por ele, Hugo Motta (Republicanos-PB) na corrida pela presidência da Casa Baixa. A declaração indica que o PSD de Gilberto Kassab pode abandonar a disputa pelo comando da Câmara, visando “manter proporcionalidades” na Casa de Leis.

A busca por poder na próxima composição da mesa diretora é fator decisivo para destravar apoios ao candidato favorito na disputa pela sucessão de Lira.

“Fiz uma ponderação à bancada e coloquei que, se dialogarmos com o presidente Arthur Lira e com o candidato apoiado por ele, Hugo Motta, com o objetivo de manter as proporcionalidades que o PSD tem conquistado na Casa, nós voltaremos à bancada para dialogar se esta deseja manter a candidatura ou realizar alguma mudança“, destacou Brito.

O candidato criticou o apoio do PT a Motta. Como o PSD integra a base aliada do governo Lula, a expectativa era que o partido recebesse o apoio do PT à candidatura de seu líder.

“Pesou a posição do PT e do governo em apoiar Hugo Motta. Isso teve um impacto, pois é uma bancada do governo”, afirmou. Na tarde desta terça, deputados do PSD votaram para manter Brito à frente da liderança da sigla até 2025.

Candidatura única

Como mostramos, o líder dos Republicanos e candidato à sucessão de Arthur Lira (PP-AL) na Câmara dos Deputados, Hugo Motta (PB), pretende desarticular a candidatura de Antônio Brito (PSD-BA). O paraibano, que já havia confirmado a busca por diálogo com a legenda dirigida por Gilberto Kassab, afirmou nesta terça-feira,5, que mira estabelecer candidatura única no pleito atual.

“Respeitamos os partidos e os demais nomes postos. É legítimo que haja o desejo de todo e qualquer deputado de disputar a eleição na Casa. O que nós temos feito, e deixado firme desde o início do nosso proposito de disputar a candidatura a presidente da Casa, é que nós iríamos sempre usar o diálogo, até a exaustão para construir essa candidatura de consenso”, iniciou Motta.

E acrescentou: “Vamos, sim, seguir as conversas para avançarmos na possibilidade de construímos uma candidatura única que venha a ter todos os partidos da Casa, se possível, representados, ou pelo menos a grande maioria dos partidos acompanhando o nosso nome”.

Perguntado se conversaria com Brito, o líder do Republicanos disse que vem “tentando dialogar a todo momento”, mas não tem nenhuma agenda definida. “Vamos ao longo da semana procurar não só o PSD como também o União Brasil e demais partidos que ainda não se posicionaram”.