Brasil condena “ocupação” de Israel na Síria
O governo brasileiro afirma que “condena a ocupação, a partir de 8 de dezembro, por efetivos das forças armadas israelenses, da zona desmilitarizada na Síria"
O Itamaraty divulgou uma curta nota à imprensa, em 12 de dezembro, condenando a atuação das forças armadas israelenses na Síria.
No comunicado, o governo brasileiro afirma que “condena a ocupação, a partir de 8 de dezembro, por efetivos das forças armadas israelenses, da zona desmilitarizada na Síria, em violação ao Acordo de Desengajamento de 1974”.
Na nota, o governo brasileiro também “insta Israel a respeitar o direito internacional, inclusive o direito internacional humanitário, bem como a independência, a soberania e a integridade territorial da Síria”.
Ataques israelenses
Logo após a queda do regime de Bashar al-Assad, os militares israelenses disseram ter realizado centenas de ataques aéreos contra alvos militares sírios, instalações de defesa aérea e instalações de armazenamento de armas químicas. O intuito é manter tais armas fora do alcance dos radicais islâmicos que venceram na Síria.
As ações de Israel foram condenadas por especialistas da ONU, mas defendidas por líderes preocupados com as consequência que poderiam advir até masmo para a Europa se os armamentos forem parar nas mãos dos fundamentalistas islâmicos.
Nesse contexto, o presidente da Comissão de Assuntos Externos da Alemanha, Michael Roth, apoiou os ataques israelenses às instalações militares e depósitos de armas sírios e afirmou: “As armas de destruição em massa que existem na Síria, especialmente as armas biológicas e químicas, representam um perigo imenso.”
Não pode ser do interesse de Israel nem do mundo que um possível estado fundamentalista islâmico tenha as suas próprias armas altamente perigosas, continuou ele, lembrando que os EUA também atacaram alvos militares ali.
Para Michael Roth, portanto, é correto garantir “que este país devastado não representa uma ameaça para toda a região, mas também para a Europa”.
Israel permanece nas Colinas de Golã
O Ministro da Defesa israelense, Israel Katz, ordenou ao exército que “se preparasse para ficar” durante o Inverno na zona tampão entre Israel e a Síria, na cimeira das Colinas de Golã, parte da qual Israel conquistou durante a Guerra Árabe-Israelense de 1967.
“Por causa do que está acontecendo na Síria, é de suma importância para a segurança manter a nossa presença no cume do Monte Hermon, e devemos fazer tudo para garantir a preparação do (exército) lá, a fim de permitir que os combatentes permaneçam neste local apesar das difíceis condições climáticas durante o inverno”, afirmou o ministro em comunicado de imprensa.
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