A candidata à Prefeitura de São Paulo Tabata Amaral (PSB; foto) criticou o radicalismo de seu rival à esquerda na corrida, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), na Sabatina O Antagonista, transmitida ao vivo na noite desta terça-feira, 10 de setembro.

“É um fato. O Boulos representa uma candidatura sectária. Se essa é a convicção dele, o que o leva a ser assim, ele que responda. Mas, de fato, você tem uma candidatura que representa uma visão à esquerda que não dialoga com o centro em questões muito elementares“, disse Tabata.

A candidata trouxe como exemplo o medo de Boulos em se posicionar sobre a Venezuela.

“Na Venezuela, a gente fala de uma ditadura de uma fraude eleitoral. O Boulos não consegue dizer isso. Por que tem uma base que o pune? Por que seria expulso do seu partido? Fato é que são posições sectárias que não dialogam com quem é de centro”, afirmou Tabata.

Em sabatina ao Uol na segunda, 9, Boulos se recusou a chamar Nicolás Maduro de ditador.

Ele apenas afirmou que a “eleição do Maduro está cheia de suspeitas de fraude e o governo não tem legitimidade”. Para fugir da pergunta, o candidato do PSOL chegou a menosprezar o tema: “A Venezuela está a 4.000 km de São Paulo. A gente pode falar sobre os temas da cidade”.

O posicionamento de Boulos segue a cartilha de Lula, que, apesar de, até o momento, não reconhecer a eleição de Maduro, tampouco chama o aliado de ditador.

Em entrevista à rádio Difusora, de Goiás, nesta sexta-feira, 6 de setembro, Lula afirmou que Maduro “deixa a desejar”.

“Eu acho que o comportamento do Maduro deixa a desejar. Eu acho que, aqui no Brasil, a gente aprendeu a fazer democracia com muito sofrimento”, disse o petista. Questionado duas vezes se a Venezuela é uma ditadura, Lula descreveu o regime de Maduro como “mais um rolo”.

Assista na íntegra a sabatina de Tabata Amaral em O Antagonista:

“Boulos é a melhor chance de Pablo”

A candidata do PSB à Prefeitura de São Paulo, Tabata Amaral, ironizou Pablo Marçal, do PRTB, em vídeo publicado no Instagram nesta quinta-feira, 5 de setembro.

Tabata ganhou direito de resposta após o ex-coach afirmar que o número da candidata seria o 13, em referência ao PT. Na verdade, o número dela, e do PSB, é 40.

Na gravação, a deputada também relatou divergências que tem com o petismo e afirmou que “Boulos é a melhor chance do Pablo”, considerando a rejeição do candidato do PSOL.

Felipe Moura Brasil e Carlos Graieb comentam: