Bolsonaro paralisado
“A persistir o choque com o Parlamento vislumbrado pelo conflito com Rodrigo Maia, o exercício do poder por Bolsonaro se tornará insustentável”...
“A persistir o choque com o Parlamento vislumbrado pelo conflito com Rodrigo Maia, o exercício do poder por Bolsonaro se tornará insustentável”, diz Helio Gurovitz.
“Não quer dizer que, necessariamente, ele seja derrubado ou venha a sofrer impeachment (não há clima nem motivo). Mas a pressão o obrigará a um encolhimento, com transferência de poderes a ministros ou ao vice pela mera força gravitacional.
Num cenário ainda mais trágico, o conflito engendra o cenário caótico que precede a ruptura nas instituições democráticas. Tradução: Bolsonaro usa o caos como pretexto para dar um golpe.
A dificuldade, nesse caso, é que isso não depende apenas da vontade dele ou de seus acólitos. Um golpe depende de força – e a força permanece com os militares (…).
Há, enfim, um cenário intermediário, nem impeachment nem golpe. Menos impetuoso e heroico, não necessariamente menos trágico. É a persistência da pasmaceira, dos conflitos do Executivo com Legislativo e Judiciário, em que nenhum projeto anda, um poder joga contra o outro, o país é tomado pela paralisia.”
Os militares rejeitam qualquer possibilidade de golpe. Por isso mesmo, o terceiro cenário é o mais provável: a paralisia.
A não ser que Jair Bolsonaro renuncie, a exemplo de Jânio Quadros.
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