Bolsonaro mantém “boa evolução clínica”, diz boletim médico
Ex-presidente continua na UTI do Hospital DF Star, em Brasília, sem previsão de alta; marcadores inflamatórios melhoraram

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) permanece internado no Hospital DF Star, em Brasília, se recuperando da cirurgia à qual foi submetido, no último domingo, 13, para tratar um quadro persistente de suboclusão intestinal.
Segundo o último boletim médico, divulgado nesta sexta-feira, 18, Bolsonaro “mantém boa evolução clínica, sem dor e sem outras intercorrências”. “Mantém melhora laboratorial dos marcadores inflamatórios. Realizou tomografias de controle, sem evidência de complicações ou intercorrências”.
Ainda de acordo com a equipe médica, o ex-presidente “segue em jejum oral, com nutrição parenteral exclusiva e com o programa de fisioterapia motora (caminhada fora do leito) e respiratória”.
Está mantida a recomendação de que ele não receba visitas. Além disso, ainda não há previsão de alta a UTI.
Em publicação no Instagram, nesta sexta, Bolsonaro agradeceu a manifestações de “solidariedade, consideração e apoio” que recebeu nesta semana e disse que os últimos dias têm exigido dele “silêncio, paciência e dedicação total à recuperação“. “Mesmo na UTI, sigo firme, amparado por uma equipe médica extremamente dedicada, pela minha família e pelas orações de milhares de brasileiros”, acrescentou.
Segundo o político, em momentos assim, “o corpo precisa parar, mas o espírito se renova e se fortalece”. “Cada oração, cada mensagem, cada gesto de amizade reacende a chama da esperança e lembra da missão que temos pela frente. Há pausas que não interrompem, apenas nos preparam“.
Internação prejudica projeto da anistia?
Na última terça-feira, 15, o líder da oposição na Câmara dos Deputados, Luciano Zucco (PL-RS), que a internação do ex-presidente Jair Bolsonaro não prejudica a tramitação do projeto de lei que concede anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.
Nas últimas semanas, Bolsonaro vinha pressionando para que a Câmara aprovasse a proposta. Além de ter participado de atos em defesa da anistia no Rio de Janeiro e em São Paulo, ele se reuniu com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), no dia 9 de abril, para discutir o projeto de lei.
A próxima reunião de líderes da Câmara com Motta ocorrerá no dia 24 de abril. Na ocasião, o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), deve propor a inclusão do requerimento de urgência para o projeto na pauta do plenário.
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Comentários (1)
Fabio B
18.04.2025 18:25Reparem como os grandes líderes mundiais evitam ao máximo mostrar sinais de fraqueza. É raro ver uma imagem de um chefe de Estado acamado, vulnerável, ou fazendo discurso choroso em hospital. Até o bost4 do Lula, depois que se acidentou no chuveiro, usou um chapeuzinho ridículo para esconder curativo. Já o Bolsonaro parece ter o impulso contrário: faz questão de expor suas fraquezas, exibir cada internação, cada gemido, cada drama como se fosse um troféu. Mas também não esconde as mesquinharias, não disfarça as covardias, e parece até se orgulhar das próprias traições e trapalhadas. Isso talvez gere empatia nos atrapalhados que se veem representados por essa figura patética... Sejamos francos, longe de mim achar que sou exemplo de força, sabedoria ou visão estratégica. Mas justamente por isso não quero alguém com minhas fraquezas e limitações no comando. Quero alguém melhor, mais capaz, mais frio e preparado, não um espelho das minhas falhas. Ser governado por alguém “gente como a gente” pode parecer simpático num boteco, mas no poder vira a tragédia que o governo Bolsonaro bem se mostrou.