Bolsonaro exalta Hugo Motta e defende anistia a presos do 8/1
Novo presidente da Câmara afirmou na sexta que atos de vandalismo nas sedes dos Três Poderes não configuraram golpe de Estado

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a defender a anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023 e classificou a medida como uma questão humanitária. Em mensagem enviada a aliados neste sábado, Bolsonaro também exaltou o novo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que, durante uma entrevista na sexta-feira, desvinculou o 8/1 de uma tentativa de golpe de Estado.
“Que Deus continue iluminando o nosso presidente Hugo Motta, bem como pais e mães voltem a abraçar seus filhos brevemente. Essa anistia não é política, é humanitária”, escreveu Bolsonaro.
A declaração ocorre em meio à tramitação de um projeto de lei na Câmara que prevê a anistia aos condenados pelo vandalismo contra as sedes dos Três Poderes.
A proposta tramita junto a outras que poderiam beneficiar o próprio ex-presidente, atualmente inelegível por decisão da Justiça Eleitoral.
Motta nega tentativa de golpe
Em entrevista à rádio Arapuan, de João Pessoa (PB), Hugo Motta afirmou na sexta-feira que os atos do 8 de janeiro foram uma “agressão inimaginável” às instituições, mas negou que tenham configurado uma tentativa de golpe de Estado.
“O que aconteceu não pode ser admitido novamente. Foi uma agressão às instituições, mas querer dizer que foi um golpe… Golpe tem que ter um líder, tem que ter apoio de outras instituições, como as Forças Armadas, e não teve isso”, disse.
A posição de Motta gerou reações no Congresso.
Aliados do presidente Lula criticaram a fala e rejeitaram a possibilidade de anistia. O novo líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), disse que as investigações da Polícia Federal comprovam que o episódio fez parte de uma estratégia para tomar o poder.
“Tinha um plano. Quero deixar bem claro, para a história: o 8 de janeiro fez parte de uma tentativa de golpe de Estado violento”, afirmou.
A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), também criticou a anistia. “Não se trata de atender o objetivo político deste ou daquele partido, mas de defender a democracia e respeitar a decisão da Justiça sobre os ataques aos Três Poderes”, disse.
Anistia na pauta da Câmara
Em sua entrevista, Motta evitou se comprometer com a votação da anistia e afirmou que o tema será analisado em conjunto com os líderes partidários.
“Não posso chegar aqui e dizer que vou pautar a anistia na semana que vem, ou que não vamos pautar. Será um tema que vamos analisando”, afirmou.
A anistia aos condenados do 8 de janeiro foi um dos principais temas discutidos nos bastidores da eleição de Motta para a presidência da Câmara.
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Comentários (3)
Márcio Roberto Jorcovix
09.02.2025 12:01E ainda tem gente que perde o braço por este indivíduo. A única coisa que ele Faz noite e dia é pensar em como ele poderá se tornar elegível novamente e não ser preso, que cá entre nós é o que ele merecia. Deveria estar preso junto com o Lula, ouvindo a música do Fábio Júnior abraçados, pois são carne e unha e almas gêmeas.
RUBENS BLANCO SILVA
08.02.2025 14:07Esse covarde do Bolsonaro tinha que ser homem e assumir a responsabilidade do 08/01 e tirar essa gente que foi enganada da cadeia....esse cara é um lixo....destruí dezenas de famílias e quer se passar de vitima
Ernesto Herbert Levy
08.02.2025 13:33Os minions que me desculpem, ele está destruindo a última baliza de descência que ainda estava em pé. Como já havia destruído a Lava Jato com a negociaçãp para salvar os filhos. Todas as salvaguardas ruíram.