Bolsonaro descarta incentivo aos filhos em disputa presidencial
“Para você ser presidente aqui e fazer o certo, você tem que ter uma certa experiência”, afirmou o ex-presidente ao NYT

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) descartou apoiar a candidatura de seus filhos à Presidência em uma entrevista ao jornal americano The New York Times. Apesar disso, ele demonstrou disposição em apoiar a participação deles nas eleições para o Congresso Nacional. “Para você ser presidente aqui e fazer o certo, você tem que ter uma certa experiência”, afirmou Bolsonaro.
Questionado sobre o plano de golpe de Estado investigado pela Polícia Federal, que indicou a participação de aliados para impedir a posse do presidente Lula, Bolsonaro revelou que cogitou decretar estado de sítio após as eleições de 2022. O ex-presidente revelou que voltou atrás quando o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou um pedido do PL para ‘recontar votos’. “Esqueça, nós perdemos”, admitiu ao NYT.
Bolsonaro negou qualquer relação às acusações de um suposto plano para assassinar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. “Quem quer que seja que tenha feito este plano possível deve responder”, disse, classificando a ideia como “inviável” e “impossível”.
Como mostrou a Crusoé, a conversa ocorreu dois dias antes do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negar a devolução do passaporte para ele ir à posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.
Bolsonaro, ainda sem saber da negativa de Moraes, comemorava o convite do republicano:
“Me sentindo uma criança de novo. Estou animado. Não vou nem tomar mais Viagra”, afirmou ao NYT.
Para o ex-presidente, ele está “sendo vigiado o tempo todo” pelo que chamou de “sistema“, ao ser perguntado sobre o inquérito da tentativa de golpe de Estado:
“Acho que o sistema não me quer preso. Ele quer que eu seja eliminado“, disse Bolsonaro.
Musk e Zuckerberg
De acordo com a reportagem, Bolsonaro acredita que Trump e os bilionários Elon Musk, dono do X (antigo Twitter) e Mark Zuckerberg, dono da Meta, vão liderar um esforço global em favor da liberdade de expressão.
a última semana, Zuckerberg anunciou mudanças no controle de conteúdos nas redes sociais Instagram e Facebook.
No vídeo, o proprietário da Meta disse estar preocupado com a corrente contrária à liberdade de expressão:
“Nós vamos trabalhar com o presidente Trump para proteger a liberdade de expressão no mundo. Vamos pressionar governos ao redor do mundo que estão perseguindo companhias americanas, obrigando-as a censurar mais“, disse Zuckerberg.
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Comentários (1)
Luiz Filho
17.01.2025 22:45Se fosse apoiar um dos filhos, qual dos 3 patetas seria? O dos pen drives, o rachadinha ou o doida?