Bolsonaro articula contra indicada de Lula ao STM
A advogada Verônica Sterman defendeu Gleisi e ex-marido na Lava Jato; nome ainda precisa ser aprovado pelo Senado

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou neste sábado, 16, que tem conversado com senadores para barrar a nomeação da advogada Verônica Abdalla Sterman ao Superior Tribunal Militar (STM).
Indicada por Lula, Sterman precisa ser aprovada pelo Senado para assumir a vaga destinada à advocacia, que será aberta em abril com a aposentadoria do ministro José Coêlho Ferreira.
Em entrevista a uma rádio do Rio de Janeiro, Bolsonaro criticou a escolha e fez referência à presidente do STM, Maria Elizabeth Rocha.
“Essa mulher que está sendo indicada é da mesma linha dela”, disse o ex-presidente. “Eu tenho conversado com senadores. O voto é secreto. É hora de dar um chega para lá, não queremos esse tipo de gente dentro do Superior Tribunal Militar”, acrescentou.
Bolsonaro também questionou a eleição de Maria Elizabeth Rocha à presidência do STM. Em dezembro, Rocha venceu por 8 votos a 7, desempatando ao votar em si mesma.
“Se ela teve oito votos, no mínimo três foram de militares. Como esses ministros militares votaram nessa pessoa?”, questionou.
O STM é a segunda instância da Justiça Militar e conta com 15 ministros — dez militares e cinco civis. A Corte julga crimes militares cometidos por integrantes das Forças Armadas.
Indicação e histórico da advogada
Verônica Sterman, que atualmente é sócia do escritório Abdalla Sterman Advogados e especializada em Direito Penal, ainda precisará ser sabatinada e aprovada pelo Senado para ocupar o cargo. Caso confirmada, ela se tornará a segunda mulher a compor o STM, que tem atualmente apenas uma ministra, Maria Elizabeth Rocha, indicada por Lula em 2007.
A escolha de Verônica ocorre em meio a críticas ao governo petista pela falta de representatividade feminina em postos-chave. Recentemente, a presidente do STM, Maria Elizabeth Rocha, havia cobrado uma nova indicação de mulher para a Corte, para que pudesse contar com uma companheira na defesa das questões de gênero.
A nomeação de Sterman também tem um componente político, já que ela foi uma defensora de figuras como a ministra Gleisi Hoffmann e o ex-ministro Paulo Bernardo em casos relacionados à Operação Lava-Jato.
Verônica Sterman tem formação em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), mestrado em Direito Penal pela USP e especialização em Direito Penal Econômico pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
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Comentários (2)
Marcia Elizabeth Brunetti
16.03.2025 12:52Bozo deveria estar no seu canto cuidando de se safar da prisão. O nome dessa praga continua no ar.
MARCOS
15.03.2025 20:21O FATO DELA TER SIDO DEFENSORA DA "COXA" NÃO MUDA O FATO DE QUE ELA TEM NOTÓRIO SABER JURIDÍCIO. PARABÉNS PELA ESCOLHA.