Bolsonaro ainda aposta em Trump por anistia?
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Bolsonaro ainda aposta em Trump por anistia?

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Redação O Antagonista
4 minutos de leitura 09.12.2024 12:37 comentários
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Bolsonaro ainda aposta em Trump por anistia?

"Pode vir uma decisão do governo Trump, depois do dia 20 [de janeiro], em não reconhecer eleições onde o sistema eleitoral não seja transparente", diz o ex-presidente

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Bolsonaro ainda aposta em Trump por anistia?
Foto: Reprodução/ TV Noroeste

O perfil de Jair Bolsonaro (foto) no X compartilhou nesta segunda-feira, 9, o trecho de um entrevista concedida pelo ex-presidente na sexta-feira, 6, à NTV Noroeste, que fazia a cobertura da Fenasoja.

O assunto destacado por Bolsonaro foi a possibilidade de o presidente eleito Donald Trump conceder anistia aos condenados pela invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2020.

De alguma forma, isso parece dar esperança a Bolsonaro de que ele venha a ser anistiado da inelegibilidade até 2030 e do processo em que foi indiciado por tentativa de golpe de Estado pela Polícia Federal.

Anistia

“Há poucos dias o presidente [Joe] Biden, nos Estados Unidos, anistiou o filho dele, [por] questões fiscais, nove condenações fiscais. Não vou entrar no mérito. O que é que o Trump falou? Criticou a anistia do filho do Joe Biden e falou: ‘e cadê o pessoal do 6 de janeiro de 2020’?. Capitólio. Quer dizer, o Trump dá uma ideia clara [de] que vai anistiar o pessoal do Capitólio”, comentou Bolsonaro.

O ex-presidente destacou ainda que Lara Trump, nora do republicano, comparou os processos do presidente eleito nos EUA aos de Bolsonaro. Questionado se acredita que pode ocorrer uma anistia no Brasil, Bolsonaro teve de confrontar a realidade:

“[A] depender desse governo, não. Se você tirar do governo a bandeira que ele defende agora, que ‘olha, salvamos a democracia’… Salvou a ponta da praia, pô. Se tirar isso dele, o que sobra do Lula?”, comentou, comparando seu governo com o de Lula.

Vão interferir ou não?

Bolsonaro chegou a esse comentário depois de ser questionado se acredita na reversão de seus processos.

“Essas coisas acontecem no Brasil e no mundo”, respondeu, ligando a iminência de Trump assumir ao fato de o ditador venezuelano Nicolás Maduro ter mandato soltar “100 presos políticos” e destacando que o republicano mandou recados ao Hamas para soltar os reféns isralenses.

“O meu filho Eduardo Bolsonaro é íntimo da família do presidente Trump”, comentou o ex-presidente, dizendo que pretende levar uma futura candidatura presidencial até o último dia possível.

Segundo Bolsonaro, os Estados Unidos “não vão interferir”, mas “pode vir uma decisão do governo Trump, depois do dia 20 [de janeiro], em não reconhecer eleições onde o sistema eleitoral não seja transparente, confiável e auditável, bem como eleições onde a oposição fique inelegível por julgamentos políticos de inelegibilidade, como este que discutimos aqui agora”.

“Golpe de araque”

Na entrevista, Bolsonaro repetiu suas reclamações sobre a condução do processo eleitoral de 2022 pelo Tribunal Superior eleitoral (TSE), que ele acusa de ter beneficiado Lula, e chamou de “golpe de araque o que a imprensa diz que teria ocorrido quase no final do meu mandato”

Ao comentar o depoimento do ex-comandante do Exército Marco Antonio Freire Gomes da PF, o ex-presidente confirmou que conversou com ele sobre “hipóteses de GLO, [estado de] defesa, [estado de] sítio, dispositivos constitucionais”, mas negou tentativa de golpe.

“Rápidas conversas. Chegamos à conclusão que não tínhamos nada o que fazer. E aceitamos o resultado, abrimos o nosso governo para transição, nomeei os comandantes para as Forças Armadas que o Lula queira, foi nomeado, e dia 30 de dezembro saí do Brasil”, descreveu Bolsonaro, reclamando da “Polícia Federal de esquerda, vermelha”, que o indiciou.

E a voz de prisão?

A versão de Freire Gomes é diferente. O ex-comandante do Exército disse ter ameaçado dar voz de prisão a Bolsonaro diante das conversas sobre possibilidades para permanecer no poder.

A investigação da PF também revelou mensagens em que o então ministro da Defesa Walter Braga Netto instruiu aliados a pressionar os comandantes das Forças Armadas a aderir aos esforços do grupo de Bolsonaro para permanecer no poder.

Bolsonaro também não se ajudou ao dizer, na entrevista, que tudo o que ocorreu em 1964 no Brasil, quando se consumou um golpe militar, ocorreu “dentro das quatro linhas” da Constituição. Se tudo está dentro das quatro linhas, nada está dentro das quatro linhas.

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