Bolsonaristas disputam controle de comissão após licença de Eduardo Bolsonaro
Uma ala do PL foi surpreendida com a decisão do deputado federal Eduardo Bolsonaro. O anúncio ocorreu na manhã desta terça-feira

Os deputados federais Luciano Zucco (PL-RS) e Filipe Barros (PL-PR, foto), integrantes da tropa de choque do ex-presidente Jair Bolsonaro, travam uma intensa briga de bastidores pelo controle da Comissão de Relações Exteriores após Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ter decidido se licenciar do cargo e ficar nos Estados Unidos.
Como mostramos, Zucco é apontado como favorito ao cargo. Ele, inclusive, divulgou uma nota oficial falando sobre um eventual apoio de Jair Bolsonaro para substituir Eduardo no comando do colegiado.
“Recebi o convite do meu colega e amigo, deputado Eduardo Bolsonaro, para presidir a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. A indicação do meu nome também foi endossada pelo presidente Jair Bolsonaro. Como bom soldado que sempre fui, recebo a indicação do meu nome como uma missão a ser cumprida”, disse Zucco por meio de nota oficial
A manifestação, no entanto, não foi bem digerida entre outros integrantes da bancada bolsonarista da Câmara. Alguns membros do partido afirmaram a este portal que Zucco ‘avançou o sinal’ e que a substituição de Eduardo Bolsonaro ainda não havia sido plenamente discutida por todos os integrantes da bancada.
Além de Zucco, o deputado Filipe Barros também disputa o cargo. Outro parlamentar que corria por fora era Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PL-SP).
Na divisão das comissões, o PL pediu para assumir a Comissão de Relações Exteriores, mas o PT se manifestou contra caso Eduardo fosse eleito presidente do colegiado. Com Eduardo fora do país, o PL acredita que não haverá mais esse entrave.
Como também revelamos, parte do PL foi surpreendida com a decisão de Eduardo Bolsonaro. O anúncio ocorreu na manhã desta terça-feira.
“Tornei-me deputado para representar o povo paulista no melhor interesse da minha nação. O que o ministro da Suprema Corte Alexandre de Moraes e os seus cúmplices estão tentando fazer é usar justamente o meu mandato como cabresto, como ferramenta de chantagem e coação do regime de exceção. Como instrumento para me prender e impedir que eu represente os melhores interesses para o meu país”, diz o deputado em vídeo gravado na rua nos Estados Unidos.
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