Alexandre de Moraes presidente da República?
Valdemar Costa Neto está inquieto. Depois de comprar briga com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o presidente nacional do PL cutucou o ministro do...
Valdemar Costa Neto está inquieto. Depois de comprar briga com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o presidente nacional do PL cutucou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes (à direita na foto), que autorizou mais uma operação contra parlamentares da oposição nesta semana.
“Ele [Alexandre de Moraes] quer se mostrar, quer ser candidato a presidente”, disse Valdemar a O Globo.
“É o caminho do [senador e ex-juiz Sergio] Moro. O camarada aparece na televisão, nos jornais e enlouquece. A soberba ataca e você não percebe. É o que ele quer. Não tenha dúvida. Quem imaginava que o Moro seria candidato e iria largar a carreira dele? Ninguém”, completou o líder partidário.
Operações
Moraes autorizou nos últimos dias duas operações policiais contra deputados da oposição — ambos do PL de Valdemar. A primeira delas, no âmbito da Lesa Pátria, que investiga os atos de 8 de janeiro, teve como alvo Carlos Jordy (PL-RJ), que é pré-candidato à Prefeitura de Niterói (RJ). A segunda, que investiga a atuação da Abin paralela, mirou Alexandre Ramagem (PL-RJ), pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro.
Valdemar cobrou uma reação de Pacheco às operações. “Esse negócio de ficar entrando nos gabinetes é uma falta de autoridade do Congresso Nacional. Rodrigo Pacheco deveria reagir e tomar providências. Isso é pura perseguição e pode acabar elegendo o Ramagem com mais facilidade no Rio de Janeiro”, reclamou via X, ex-Twitter.
“Não é capaz”
Pacheco respondeu com firmeza, deixando de lado por alguns minutos a fleuma institucional. “Difícil manter algum tipo de diálogo com quem faz da política um exercício único para ampliar e obter ganhos com o fundo eleitoral e não é capaz de organizar minimamente a oposição para aprovar sequer a limitação de decisões monocráticas do STF”, rebateu o presidente do Senado, também via redes sociais.
Ou seja, Valdemar dificilmente encontrará em Pacheco o escudo que espera contra as operações autorizadas pelo STF.
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