Alckmin não consegue derrubar ação por delação da Odebrecht Alckmin não consegue derrubar ação por delação da Odebrecht
O Antagonista

Alckmin não consegue derrubar ação por delação da Odebrecht

avatar
Redação O Antagonista
3 minutos de leitura 06.08.2024 14:22 comentários
Brasil

Alckmin não consegue derrubar ação por delação da Odebrecht

MP acusa Alckmin de envolvimento em um esquema de caixa dois durante sua campanha de reeleição ao governo de São Paulo em 2014

avatar
Redação O Antagonista
3 minutos de leitura 06.08.2024 14:22 comentários 0
Alckmin não consegue derrubar ação por delação da Odebrecht
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A 13ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo negou, em 25 de julho, o pedido de arquivamento de um processo de improbidade administrativa e enriquecimento ilícito sobre o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB, foto). Marcos Monteiro, tesoureiro da campanha de 2014, também réu, solicitou a anulação das provas obtidas por delação premiada de ex-executivos da Odebrecht e o encerramento do processo.

De acordo com reportagem do O Globo, o recurso de Monteiro se baseou na recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a desconsideração de provas das planilhas do Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht.

Esses sistemas, Drousys e My Web Day B, foram usados para gerenciar o pagamento de propinas. O STF apontou que houve manipulação inadequada das informações, comprometendo a validade das provas.

Argumentos da Justiça de São Paulo

A Justiça de São Paulo, no entanto, argumentou que existem outras provas independentes que justificam a continuidade do processo. Alckmin é acusado de ter oferecido vantagens à Odebrecht em troca de doações ilegais para sua campanha de reeleição ao governo do Estado em 2014.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, diretores da Odebrecht procuraram Monteiro no final de 2013, quando ele era responsável pelas finanças de campanha de Alckmin. Em troca de acobertar a formação de cartel e superfaturamento de obras, como a construção da Linha 6 do Metrô de São Paulo, a Odebrecht teria destinado R$ 8,3 milhões via caixa dois.

Os pagamentos foram supostamente realizados em espécie, operados pelo doleiro Álvaro José Galliez Novis, conhecido como “Paulistinha”, e seu funcionário Rogério Martins. A entrega do dinheiro teria sido feita a pessoas indicadas por Monteiro entre abril e outubro de 2014, com os valores sendo entregues em hotéis.

Além de Alckmin e Monteiro, outros envolvidos no processo são os representantes da Odebrecht Luiz Antônio Bueno Júnior, Benedicto Barbosa da Silva Júnior, Hilberto Mascarenhas e Fernando Migliaccio da Silva.

Provas adicionais contra Alckmin

A 13ª Vara da Fazenda Pública cita duas transações da transportadora de valores Transmar, realizadas no hotel Mercure Privilege, em Moema, São Paulo, como provas independentes. Segundo o Ministério Público, esses valores não foram declarados na prestação de contas de Alckmin.

Os atos de improbidade administrativa imputados aos requeridos evidenciam um modus operandi que beneficiou Alckmin com vantagem indevida, recebendo dinheiro da Construtora Norberto Odebrecht S/A“, afirma a decisão judicial.

O advogado de Alckmin, Fábio de Oliveira Machado, afirmou que “os fundamentos da ação civil pública já foram objeto de várias decisões judiciais, incluindo do STF, e nunca prosperaram“. Ele defende que “os supostos elementos probatórios foram obtidos de forma ilícita e já declarados imprestáveis“. A defesa confia que o processo será extinto em breve.

Em 2023, Alckmin e Monteiro conseguiram o arquivamento de uma ação correlata de caixa dois na Justiça Eleitoral. A denúncia envolvia doações ilegais de R$ 11,3 milhões da Odebrecht nas eleições de 2010 e 2014. A decisão foi baseada na anulação das provas obtidas em acordo de leniência com a empresa, consideradas “imprestáveis” pela Segunda Turma do STF.

  • Mais lidas
  • Mais comentadas
  • Últimas notícias
1

PL da Anistia: governo Lula tenta esvaziar CCJ, mas não consegue

Visualizar notícia
2

Lula está com a mão amarela

Visualizar notícia
3

“Não dá para a UERJ ficar pagando para estudarem lá”, diz Castro

Visualizar notícia
4

Justiça revoga prisão domiciliar de Deolane Bezerra

Visualizar notícia
5

Ministério dos Direitos Humanos apaga defesa de Silvio Almeida

Visualizar notícia
6

Adrian Newey na Aston Martin e piloto brasileiro na mira da Fórmula 1

Visualizar notícia
7

PP organiza 'dança das cadeiras' por aprovação da anistia

Visualizar notícia
8

Deolane Bezerra é presa novamente: justiça ou censura?

Visualizar notícia
9

De Toni aponta "estratégia" de governistas para derrubar anistia na CCJ

Visualizar notícia
10

O pior ar do mundo em São Paulo

Visualizar notícia
1

Nova ministra de Lula é ré por superfaturar uniformes escolares

Visualizar notícia
2

A disputa pela cadeira do Lira e a implosão do Centrão

Visualizar notícia
3

Macaé Evaristo: a ministra mais ‘pobre’ da Esplanada dos Ministérios

Visualizar notícia
4

A jogada da bancada do PL para tentar anistiar Jair Bolsonaro

Visualizar notícia
5

De Toni: "Não aguentamos mais ver o Supremo legislar"

Visualizar notícia
6

IBGE: IPCA fica negativo pela primeira vez no ano, em 0,02%

Visualizar notícia
7

“Não dá para a UERJ ficar pagando para estudarem lá”, diz Castro

Visualizar notícia
8

Deolane Bezerra é presa novamente: justiça ou censura?

Visualizar notícia
9

Kate Middleton celebra fim da quimioterapia com mensagem emotiva

Visualizar notícia
1

PL da anistia pode beneficiar Bolsonaro?

Visualizar notícia
2

Bolsonaro ganha indenização de Lula e quem paga é você

Visualizar notícia
3

Marçal pede desculpas a Malafaia

Visualizar notícia
4

MP abre inquérito sobre denúncias de assédio contra Silvio Almeida

Visualizar notícia
5

Como a base governista conseguiu adiar a votação do PL da anistia

Visualizar notícia
6

Relator dá parecer a favor do PL da Anistia, mas votação é adiada

Visualizar notícia
7

IPCA reforça alta moderada da Selic e faz dólar subir mais de 1%

Visualizar notícia
8

Papo Antagonista: A dança dos acusados no governo Lula

Visualizar notícia
9

Crusoé: O cinismo de Maduro

Visualizar notícia
10

Leia na íntegra o pedido de impeachment de Moraes

Visualizar notícia

Assine nossa newsletter

Inscreva-se e receba o conteúdo do O Antagonista em primeira mão!

Tags relacionadas

enriquecimento ilícito Geraldo Alckmin improbidade administrativa Justiça de São Paulo Ministério Público Odebrecht
< Notícia Anterior

Deyverson chega a BH para assinar com o Atlético-MG: ‘Nunca vi isso”

06.08.2024 00:00 4 minutos de leitura
Próxima notícia >

Bruninho se despede da Seleção Brasileira após Paris 2024

06.08.2024 00:00 4 minutos de leitura
avatar

Redação O Antagonista

Suas redes

Instagram

Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

Comentários (0)

Torne-se um assinante para comentar

Notícias relacionadas

Fiat Argo 2025: Hatch compacto com motores 1.0 e 1.3

Fiat Argo 2025: Hatch compacto com motores 1.0 e 1.3

10.09.2024 20:37 3 minutos de leitura
Visualizar notícia
PL da anistia pode beneficiar Bolsonaro?

PL da anistia pode beneficiar Bolsonaro?

Deborah Sena
10.09.2024 20:33 3 minutos de leitura
Visualizar notícia
Marçal pede desculpas a Malafaia

Marçal pede desculpas a Malafaia

10.09.2024 20:15 5 minutos de leitura
Visualizar notícia
Colômbia vence Argentina e se firma nas Eliminatórias para a Copa de 2026

Colômbia vence Argentina e se firma nas Eliminatórias para a Copa de 2026

10.09.2024 20:11 3 minutos de leitura
Visualizar notícia
Icone casa

Seja nosso assinante

E tenha acesso exclusivo aos nossos conteúdos

Apoie o jornalismo independente. Assine O Antagonista e a Revista Crusoé.